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O presidente do Banco Central da Venezuela, Calixto Ortega, informou nesta terça-feira (23) que, segundo as primeiras estimativas da entidade, a economia do país crescerá 18,7% no segundo trimestre de 2022.
"A primeira estimativa que temos do setor privado nos dá um valor de 18,7% de crescimento", explicou Ortega durante uma transmissão do canal estatal Venezolana de Televisión.
O presidente da entidade financeira explicou que no primeiro trimestre do ano, o crescimento foi de 17,4%, e destacou que é o maior aumento registrado na América Latina.
Ortega enfatizou que por quatro trimestres consecutivos, de 2021 a julho de 2022, a Venezuela registrou um crescimento sustentado de dois dígitos.
"É um trabalho árduo onde as políticas fiscal, monetária e cambial foram fortalecidas e avançamos nos objetivos principais de estabilização, redução da inflação e entrada com força na fase de crescimento", disse Calixto Ortega.
Ortega ainda comentou que, "juntamente com o setor privado, as autoridades venezuelanas aprenderam muito e há motivos suficientes para estar otimistas no restante de 2022 e no próximo ano, 2023".
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Por sua vez, o presidente, Nicolás Maduro, destacou que um novo modelo econômico está sendo desenvolvido no país como resultado dos efeitos das sanções impostas pelos Estados Unidos.
"Depois de ter enfrentado as consequências mais duras dessas medidas criminosas, dessas sanções penais contra nosso país, hoje podemos dizer que a Venezuela encontrou seu caminho para o crescimento", disse ele.
Segundo o governo da Venezuela, desde 2015 foram executadas mais de 500 sanções contra o país com o objetivo de afetar todo o seu sistema produtivo, o que levou à deterioração do poder de compra do venezuelano, em até 90%.
Em 23 de agosto, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) elevou em 10% a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto do país caribenho. Em abril, a empresa suíça de serviços financeiros Credit Suisse estimou que a economia venezuelana poderia atingir um crescimento de 20% em 2022.
Por sua vez, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou que o PIB venezuelano crescerá 1,5% este ano, segundo dados publicados em seu relatório sobre as perspectivas econômicas mundiais.
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