Ampliação do número de beneficiários visa barrar o crescimento da candidatura de Lula em ao menos dez dos 14 estados onde Jair Bolsonaro perdeu a eleição em 2018
21 de agosto de 2022, 08:36 h Atualizado em 21 de agosto de 2022, 09:21
Lula e Jair Bolsonaro (Foto: Alessandro Dantas | Leonardo Sá/Agência Senado | Clauber Cleber Caetano/PR)
247 - O pagamento do Auxílio Brasil, turbinado pelo Congresso Nacional às vésperas da eleição para tentar evitar uma possível derrota de Jair Bolsonaro (PL) no pleito de outubro, beneficiou principalmente estados em que o atual ocupante do Palácio do Planalto perdeu a eleição de 2018 para o então candidato do PT, Fernando Haddad.
Com o pagamento, o governo espera melhorar o desempenho eleitoral de Bolsonaro nas regiões em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a atual campanha presidencial, com destaque para o Nordeste.
“Em 14 unidades da federação, a ampliação do número de beneficiários do programa foi superior à expansão média do país quando se considera o total da população de cada estado. A lista inclui os nove da região Nordeste, além de Pará, Amapá, Acre, Amazonas e Rio de Janeiro. Bolsonaro perdeu para Haddad em dez desses estados em 2018 –todo o Nordeste e o Pará”, destaca reportagem da Folha de S. Paulo.
Na tentativa de melhorar o desempenho eleitoral de Jair Bolsonaro, o governo ampliou de 14,5 milhões para 20,2 milhões o número de famílias que recebem o benefício. O aumento de 5,7 milhões de famílias corresponde a 2,7% da população brasileira. Os índices, porém, são mais altos em estados como Piauí, Pernambuco e Sergipe, onde chegou a 4,6% da população estadual.
No Amapá, o índice ficou em 4,5%. No Maranhão e Alagoas, o número de beneficiários corresponde a 3,2% da população e na Bahia chega a 4,2%. Já em estados tidos como bolsonaristas, como Roraima e Rondônia, por exemplo, a taxa de ampliação do programa foi de 1,9% e 1,8%, respectivamente.
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