"A comprovação, porém, é que traria aos pagadores a certeza do suborno a ser quitado", diz o jornalista sobre os ataques às urnas eletrônicas feitos por Bolsonaro e seus apoiadores
21 de agosto de 2022, 07:43 h Atualizado em 21 de agosto de 2022, 08:09
Bolsonaro e urnas eletrônicas (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | REUTERS/Rodolfo Buhrer)
247 - O jornalista Janio de Freitas afirma, em sua coluna na Folha de S. Paulo, que “o grupo de empresários adeptos do golpe proporciona, à revelia, o elemento decisivo para explicar a campanha contra as urnas e, com isso, comprovar o objetivo de fraude eleitoral de Bolsonaro”. O elemento, segundo ele, “é a remuneração de trabalhadores que aceitassem dar seu voto a Bolsonaro. Pagamento em dinheiro”.
“Esse foi o motivo de Bolsonaro lançar sua campanha antiurna alegando a necessidade de recibo do voto, emitido pela máquina, contra fraudes. Derrubada a tolice, a exigência ainda hoje é de qualquer comprovação do voto. Bolsonaro e seus apoiadores jamais encontraram um argumento para sobrepor à tola alegação de segurança 'para o próprio eleitor'. A comprovação, porém, é que traria aos pagadores a certeza do suborno a ser quitado”, observa o jornalista. "A cobrança de comprovante e o suborno do eleitor são a mesma fraude", diz mais à frente.
Para Janio, “entre os vários inquéritos e ações contra Bolsonaro, porém, falta e será justo incluir o de conspiração contra o regime de Estado democrático de Direito. E o de agir para a sedição armada contra o Poder Judiciário e a Constituição. Propósito configurado nos atos legislativos para armar civis, inclusive com armas de guerra, e na atração de militares para ações corrosivas das eleições e do regime constitucional”.
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