© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Relatório da Polícia Federal (PF) afirma que o presidente do Brasil estimulou espectadores a não adotar normas sanitárias estipuladas pelo próprio governo.
A Polícia Federal afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o presidente Jair Bolsonaro cometeu incitação ao crime ao associar a vacina contra a COVID-19 ao risco de desenvolver Aids. Pelo Código Penal, incitação ao crime pode dar até seis meses de prisão.
A relação feita pelo presidente, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é falsa.
Bolsonaro fez a associação falaciosa entre vacina contra o coronavírus e risco de desenvolver Aids em uma transmissão ao vivo em suas nas redes sociais no dia 22 de outubro de 2021, escreve o portal G1.
Propagação e combate à COVID-19
China rebate Bolsonaro sobre eficácia de vacina com dados da COVID-19 no Brasil: 'Acima de dúvidas'
10 de agosto, 12:01
No relatório enviado ao STF, a PF escreveu que a conduta de Bolsonaro levou as pessoas a descumprir normas sanitárias estabelecidas pelo próprio governo.
Para a PF, o presidente "disseminou, de forma livre, voluntária e consciente, informações que não correspondiam ao texto original de sua fonte, provocando potencialmente alarma de perigo inexistente aos espectadores".
A Polícia Federal ainda indicou que pode haver conexão entre o inquérito da falsa associação entre vacina da COVID-19 e risco de pegar Aids com o inquérito que apura se o presidente vazou informações sigilosas com o objetivo de distorcer informações e desacreditar as urnas eletrônicas.
Na transmissão de outubro de 2022, Bolsonaro disse que relatórios oficiais do Reino Unido teriam sugerido que pessoas totalmente vacinadas contra a COVID-19 estariam desenvolvendo Aids (doença causada pelo HIV) "muito mais rápido que o previsto".
Novos estudos descartam versão de que o vírus da COVID-19 foi criado em laboratório
27 de julho, 00:06
Nenhum comentário:
Postar um comentário