Ação foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes
23 de agosto de 2022, 14:48 h Atualizado em 23 de agosto de 2022, 14:53
Procurador-geral da República, Augusto Aras (Foto: ABr)
247 - O procurador-geral da República, Augusto Aras, teria demonstrado irritação com a operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira (23) que teve como alvos empresários bolsonaristas que discutiram em um grupo de WhatsApp o apoio a um eventual golpe de Estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença a eleição. A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, "o procurador-geral avalia que o gesto de Moraes, que também é presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), pode implodir os esforços de atores do Executivo e do Judiciário em busca de um acordo de harmonia, que faça Jair Bolsonaro (PL) cessar declarações golpistas e contra as cortes”.
Aras também teria demonstrado irritação pelo fato da Procuradoria Geral da República (PGR) só ter sido intimada sobre a operação na véspera da sua deflagração, o que teria a margem para opinar a respeito das diligências autorizadas por Moraes.
A operação cumpriu mandados de busca e apreensão solicitados pela PF contra oito empresários no âmbito do inquérito que apura a atuação das milícias digitais, responsável pela disseminação de fake news e ataque às instituições. O ministro também determinou o bloqueio de contas bancárias e das redes sociais, além de autorizar as quebras de sigilo bancário e telemático, dos empresários investigados.
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