Leonardo Porto afirma que o "ambiente global" para países emergentes, como o Brasil, "vai se deteriorar"
2 de maio de 2022, 09:08 h Atualizado em 2 de maio de 2022, 09:29
Leonardo Porto (Foto: Divulgação)
2747 - Economista-chefe do Citi Brasil, Leonardo Porto afirmou ao Estado de S. Paulo que os Estados Unidos se aproximam 'do maior aperto monetário em décadas'.
A expectativa nos EUA é de uma alta mais forte das taxas de juros, o que prejudica, explica Porto, países emergentes como o Brasil, que também oferece juros altos e registra uma inflação galopante. “A gente está indo para um ciclo de aperto monetário nos EUA que a gente nunca viu nas últimas décadas. Estamos falando de quatro aumentos sucessivos de 0,5 ponto em cada reunião, seguidos de vários aumentos de 25 pontos no final desse ano e no ano que vem inteiro. Isso já provoca um aumento importante nas taxas de juros internacionais”.
Porto ainda diz que o "ambiente global para países emergentes vai se deteriorar".
"Para a gente, o cenário mais provável é um cenário em que o câmbio até o final do ano tende a fechar mais depreciado do que está hoje, já contando com a depreciação dos últimos dias. Esse ambiente global está ficando menos benigno, e é mais provável que continue se deteriorando à medida em que o mercado vai incorporando a ação dos bancos centrais, e em especial do Federal Reserve. É por causa disso que há uma reprecificação nos preços dos ativos de todo o mundo, potencialmente deteriorando o preço de países emergentes", avaliou.
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