Para Juliano Medeiros, "os eventos e declarações de pré-campanha são sinais do compromisso de Lula com uma agenda posicionada ao lado das maiorias sociais”
17 de maio de 2022, 10:32 h Atualizado em 17 de maio de 2022, 10:41
Juliano Medeiros e Lula (Foto: Reprodução/Facebook | Ricardo Stuckert)
247 - O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, afirma, em um artigo publicado na Folha de S. Paulo desta terça-feira (17), que a atenção dedicada pela imprensa às falas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que lidera todas as pesquisas de intenção de voto à Presidência da República - não está ligada “às propostas do pré-candidato das esquerdas para o combate à inflação, ao desemprego ou à fome. O que chamou a atenção das Redações foram suas ‘falas polêmicas’.
“De um lado, agentes do mercado e seus analistas tentam "enquadrar" Lula novamente, ridicularizando qualquer proposta que não esteja dentro do que se esperaria de um candidato de união nacional contra a extrema direita. De outro, aqueles que esperam que ele represente uma mudança de modelo, com a recuperação dos direitos sociais, da democracia, do meio ambiente e da defesa de trabalhadores e trabalhadoras diante do conflito distributivo que se abriu nos últimos anos”, destaca Medeiros no texto.
Segundo ele, “essa postura não deixa de ser curiosa. Afinal, os partidos de centro-direita não compõem a aliança em torno de Lula. Por que, então, ele teria de representá-los? Em seus discursos, o pré-candidato tem tocado em feridas abertas". "Longe de 'pregar para convertidos', como alegam alguns, os eventos e declarações de pré-campanha são sinais de seu compromisso com uma agenda posicionada ao lado das maiorias sociais”, destaca.
“Estamos diante de uma oportunidade única. Diante da falência das promessas do neoliberalismo, é possível apresentar saídas completamente diferentes. E é por isso que qualquer posição de Lula fora do roteiro previamente definido pelos mercados gera tanto incômodo”, afirma Medeiros.
“O Lula que o Brasil precisa é aquele que não tem medo de apontar os problemas do país e quais as soluções que devem ser defendidas”, finaliza.
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