Jornalista defende a política de preços que foi adotada após o golpe de estado de 2016
24 de maio de 2022, 05:14 h Atualizado em 24 de maio de 2022, 05:56 (Foto: ABr | Reprodução)
247 – A jornalista Miriam Leitão, que apoiou o golpe de estado de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff, que teve como objetivo mudar a política de preços da Petrobrás, de modo a transferir recursos dos brasileiros para os acionistas privados da estatal, fez seu mais duro ataque a Jair Bolsonaro, depois que ele demitiu mais um presidente da empresa.
"A queda de José Mauro Coelho da presidência da Petrobras já era previsível desde que Adolfo Sachsida assumiu o Ministério das Minas e Energia. Mas, de qualquer maneira, espanta pela forma e frequência com que o presidente Bolsonaro ataca e desmoraliza a governança da Petrobras. E agora com a ajuda de dois ministros, Paulo Guedes e Sachsida. Os dois ministros que deveriam tomar decisões técnicas são hoje parte da campanha de reeleição do presidente e por isso estão dispostos a tudo para chegar a esse resultado", escreve a jornalista, em sua coluna no Globo.
"Bolsonaro sabe que a inflação é seu grande tirador de votos nesta eleição e por isso terá que controlar preços. Guedes e Sachsida terão que rasgar a última página do manual liberal que um dia exibiram. Caio Paes de Andrade, sem qualquer experiência no setor, vai para a empresa com um objetivo: controlar preços dos combustíveis e usar isso eleitoralmente", prossegue, sem mencionar que a política de preços da Petrobrás, além de irracional, é a principal causa da inflação brasileira.
Por fim, Miriam comparou Bolsonaro a Hugo Chávez, ex-presidente da Venezuela. "O que acontece na Petrobras, com golpes sucessivos na governança, é a melhor representação do governo Bolsonaro. E é uma indicação do tipo de governo que ele fará se for reeleito, a demolição de qualquer institucionalidade, inclusive na área corporativa. Segue à risca o manual de Hugo Chávez para se perpetuar no poder. Também foi a PDVSA o alvo dos ataques de Chávez", finaliza.
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