Comissão avança para averiguar interferência da Justiça e do Executivo em favor do ex-ministro Milton Ribeiro durante investigações sobre esquema de corrupção no MEC
28 de junho de 2022, 15:39 h Atualizado em 28 de junho de 2022, 15:39
Anderson Torres, Jair Bolsonaro e Milton Ribeiro (Foto: Alan Santos/PR | ABr)
247 - A comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara aprovou, nesta terça-feira (28), o requerimento para que o ministro da Justiça, Anderson Torres, se explique quanto às denúncias de interferência nas investigações do Ministério da Educação (MEC), segundo o Antagonista.
A suspeita de interferência ganhou força após o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, revelar que Jair Bolsonaro (PL) o avisou com antecedência sobre uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) relacionada às investigações do escândalo de corrupção no MEC.
Além disso, o ex-ministro não foi transferido à Brasília para a audiência de custódia, como originalmente planejado pelos chefes da operação. O delegado responsável pelo pedido de prisão de Ribeiro, inclusive, chegou a afirmar que a investigação foi "prejudicada" em razão de tratamento diferenciado dado pela polícia ao ex-ministro de Bolsonaro.
O ministro da Justiça, em suas redes sociais, alegou que não vazou informações da investigação para Bolsonaro: "Asseguro categoricamente que, em momento algum, tratamos de operações da PF. Absolutamente nada disso foi pauta de qualquer conversa nossa."
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