A instituição também afirmou que o governo de Jair Bolsonaro "estimulou a escalada de ações criminosas na região" amazônica
15 de junho de 2022, 22:30 h Atualizado em 15 de junho de 2022, 23:02
Octávio Costa, presidente da ABI (Foto: Reprodução)
247 - A Associação Brasileira de Imprensa (ABI), comandado por Octávio Costa, emitiu nesta quarta-feira (15) uma nota crítica ao governo Jair Bolsonaro após Oseney da Costa confessar que assassinou o jornalista inglês Dom Phillips e o indigenista da Fundação Nacional do Índio (Funai) Bruno Pereira. De acordo com a ABI, "Bruno e Dom começaram a morrer quando o presidente da República passou a enfraquecer a Funai, declarou-se a favor da destruição de todas as formas de proteção da Amazônia e, assim, estimulou a escalada de ações criminosas na região".
O jornalista e o indigenista desapareceram no dia 5 deste mês, na Amazônia. Segundo o suspeito, Amarildo dos Santos, irmão dele, também participou do crime. Os dois estão presos.
"Eles não foram os primeiros e não serão os últimos. É preciso dar um basta nesses assassinatos. Não adianta apenas identificar os assassinos, que hoje confessaram o crime. É preciso identificar os mandantes e puni-los. A justiça deve ser feita de forma séria e ágil, sob o risco desses crimes ficarem impunes, como tantos outros", afirmou a associação.
>>> Lula: "terei imenso prazer de demarcar todas as terras que precisarem ser demarcadas"
Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, a PF encontrou "remanescentes humanos" que podem ser dos corpos do indigenista e do jornalista.
A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), movimento indígena representante dos povos da Terra Indígena Vale do Javari (AM), afirmou que o assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips foi um "crime político" e cobrou do governo federal mais investigações.
A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas informou que o número de homicídios no sudoeste do estado aumentou mais de 500% de 2019 para 2021.
Nenhum comentário:
Postar um comentário