A denúncia apontou dois episódios envolvendo o advogado em uma pizzaria de Brasília
17 de fevereiro de 2022, 18:45 h Atualizado em 17 de fevereiro de 2022, 19:12
Frederick Wassef (Foto: Globo News/Reprodução
247 - O advogado Frederick Wassef, que defende a família Bolsonaro, tornou-se réu, nesta quinta-feira (17), pelos crimes de racismo e injúria racial. A de decisão da 3ª Vara Criminal de Brasília, que recebeu a denúncia movida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. A denúncia apontou dois episódios envolvendo o advogado em uma pizzaria na capital federal. Segundo a acusação, em um deles, ele teria dito a uma funcionária: "Não quero ser atendido por você. Você é negra e tem cara de sonsa e não vai saber anotar meu pedido". No outro, Wassef teria chamado a funcionária de "macaca".
"Diante da prova da materialidade e dos indícios de autoria que recaem sobre o denunciado, recebo a denúncia", escreveu o juiz Omar Dantas Lima, na decisão proferida. Os relatos foram publicados em reportagem do jornal O Globo.
De acordo com o Ministério Público, "o comportamento do denunciado reproduz a perversa divisão dos seres humanos em raças, superiores ou inferiores, resultante da crença de que existem raças ou tipos humanos superiores e inferiores".
Wassef negou as acusações e afirmou ser vítima de perseguição e "fraude processual". Também disse que os fatos narrados não ocorreram e que houve "fraude processual".
"A menina (denunciante) narrou uma coisa que nunca aconteceu. Sou vítima de denunciação caluniosa", continuou. "Crimes e fraudes foram cometidas para me incriminar. Hoje a vítima sou eu".
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