Família de Geraldo Braga afirmou que ela era "tratada como uma filha" e que o relacionamento era "consensual". Empregada disse que tinha "nojo" do pastor
1 de fevereiro de 2022, 08:58 h Atualizado em 1 de fevereiro de 2022, 09:19
Portal Fórum - Pastor da Assembleia de Deus, Geraldo Braga da Cunha é acusado de ter mantido por 32 anos uma mulher em trabalho análogo à escravidão em Mossoró (RN). Segundo o Ministério do Trabalho e Previdência, a mulher chegou ao local ainda adolescente, com 16 anos, e sofreu abuso e assédio sexual do empregador.
Responsável pelos serviços domésticos da casa, ela recebia em troca moradia, comida, roupa e alguns presentes, porém nunca teve salário ou conta bancária. Além disso, não tirava férias nem interrompia os afazeres aos finais de semana.
A denúncia de trabalho escravo chegou ao Ministério do Trabalho e Previdência através da conta @trabalhoescravo no Instagram, mantida pelo Instituto Trabalho Digno. Uma fiscalização foi enviada ao local e considerou a ocorrência de trabalho forçado, condições degradantes e jornadas exaustivas.
Usando uma narrativa absurda – porém comum – entre as pessoas que exploram funcionários, a família, que consiste no pastor, na esposa e nos quatro filhos, afirmou que a mulher não era escravizada já que era tratada “como se fosse uma filha” desde que chegou à casa.
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