Ex-presidente avalia que a guerra na Ucrânia abre caminho para a afirmação do mundo multipolar – o que será bom para o Brasil
24 de fevereiro de 2022, 19:43 h Atualizado em 24 de fevereiro de 2022, 20:21
Dilma, Lula, Xi e Putin (Foto: Ricardo Stuckert / Reuters)
247 – A ex-presidente Dilma Rousseff, vítima do golpe de estado de 2016, que destruiu as bases da economia brasileira e trouxe de volta a fome ao País, avaliou, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, que a guerra na Ucrânia abre espaço para a consolidação do mundo multipolar – e diz que isso será bom para o Brasil.
"O mundo multipolar será ótimo para o Brasil, principalmente se tivermos um chefe de estado como Lula", disse ela, na sétima entrevista da série de depoimentos que vem concedendo à TV 247. "Está claro que a lógica unipolar acabou", afirma.
Ao falar sobre a guerra na Ucrânia, ela lembrou que o país do leste europeu foi vítima de um golpe de estado liderado pelo governo de Barack Obama, num dos primeiros casos bem-sucedidos de guerra híbrida. Lamentavelmente, o mesmo processo de guerra híbrida aconteceu no Brasil, derrubando seu governo em 2016, e criando uma crise institucional sem precedentes no País.
Dilma afirma que "o golpe de estado de 2014 na Ucrânia e a expansão da OTAN explicam a guerra". Segundo ela, a Rússia não encontrou outra forma de se fazer ouvir, mas agora seria o momento de voltar à mesa de negociações. "A solução deve ser multilateral e a guerra não resolve este conflito", diz ela. "A genialidade de diplomacia é fazer com que nenhum lado pareça perdedor", finaliza.
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