Presidente mexicano diz que medida não é justa nem racional e significa "voltar à Guerra Fria" e aos tempos de "perseguição"
7 de abril de 2022, 04:13 h Atualizado em 7 de abril de 2022, 04:55
Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador (Foto: REUTERS/Henry Romero)
Agência Regional de Notícias - O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, rejeitou nesta quarta-feira (6) a proposta de um legislador norte-americano de suspender o visto de parlamentares mexicanos que se manifestam a favor da Rússia.
A opinião foi dada durante entrevista coletiva. López Obrador afirmou que não acredita que seja "justo" ou "racional" tomar esse tipo de medida contra aqueles que expressam "seu ponto de vista" sobre a invasão russa da Ucrânia.
“Como alguns legisladores se expressaram, já existe uma campanha para pedir que eles não sejam autorizados a entrar nos Estados Unidos, isso é voltar à Guerra Fria, aos tempos de perseguição, exclusão e autoritarismo, eu não concordo com isso", enfatizou.
Especificamente, o deputado Vicente Gonzalez, do Partido Democrata dos Estados Unidos, enviou uma carta ao secretário de Estado, Antony Blinken, e ao secretário de Segurança Nacional, Alejandro Mayorkas, na qual pede ao governo do presidente Joe Biden que retire o visto de 25 legisladores mexicanos por "mostrar simpatia" com a Rússia diante do conflito com a Ucrânia.
Em 23 de março, o partido político oficial Movimento para a Regeneração Nacional (Morena) junto com o Partido do Trabalho (PT), instalou o Grupo de Amizade México-Rússia na Câmara dos Deputados.
Com base nisso, González propôs no comunicado às autoridades norte-americanas que autoridades estrangeiras que demonstrem apoio a Vladimir Putin em meio à invasão da Ucrânia “percam o direito de entrar em território norte-americano”.
“Nos últimos dias, e em meio a uma crise internacional perpetrada pela Rússia na Europa Oriental, vários legisladores do Congresso Federal Mexicano aproveitaram esta oportunidade para se distanciar do mundo livre e apoiar o presidente russo Vladimir Putin”, disse ele, acrescentando: "Enquanto isso, o presidente, Andrés Manuel López Obrador, continua mantendo publicamente uma posição neutra no conflito entre Rússia e Ucrânia."
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