Jornal considera que não faltam indícios do envolvimento de Bolsonaro na ação ilegal de pastores no MEC
21 de abril de 2022, 05:49 h Atualizado em 21 de abril de 2022, 06:21
Vice-procuradora Lindôra Araújo (Foto: Gil Ferreira/Agência CNJ)
247 - "O que não falta são indícios do envolvimento de Bolsonaro na ação ilegal dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura com a finalidade de liberar verbas do MEC para prefeituras, em troca de propina", afirma o jornal O Globo em editorial, recomendando à vice-procuradora Lindôra Araújo ou ao procurador-geral, Augusto Aras, que ouçam o áudio divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo em que o próprio ministro da Educação, Milton Ribeiro, pede em nome de Bolsonaro que sejam atendidos “todos os que são amigos do pastor Gilmar”.
O editorial defende ainda que a PGR consulte os registros da portaria do Palácio do Planalto, revelados pelo Globo depois que o governo tentou esconder a informação. "O pastor Arilton esteve 35 vezes no local de trabalho de Bolsonaro, dez na companhia do colega Gilmar. Nely Jardim, apresentada como secretária dos dois, visitou quatro vezes a sede do governo. Há imagens de ambos na companhia do presidente".
Outra recomendação do editorial: "E, se mesmo assim a Procuradoria-Geral da República ainda continuar com dúvidas, basta ouvir os prefeitos abordados pela dupla, que relatam ter sido procurados pelos pastores com pedidos de R$ 15 mil a R$ 40 mil para facilitar a liberação de recursos no MEC. Houve até cobrança de um quilo de ouro a um prefeito de uma região de mineração".
O texto enfatiza que houve uma "esbórnia no MEC", que precisa ser investigada. E finaliza afirmando que "parece escárnio" que a PGR pense o contrário.
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