José Mauro Ferreira Coelho defende que a alta dos combustíveis não é um fenômeno brasileiro, mas uma onda que pegou o mundo
14 de abril de 2022, 16:41 h Atualizado em 14 de abril de 2022, 17:20
(Foto: Reuters | Jefferson Rudy/Agência Senado)
247 - José Mauro Ferreira Coelho tomou posse nesta quinta-feira (14) da presidência da Petrobrás, após ter o seu nome aprovado para o comando da empresa pelo conselho de administração da estatal também nesta quinta.
Apesar da sua indicação ter sido por conta dos sucessivos aumentos dos combustíveis, que levaram uma crise do governo com o então presidente da estatal Joaquim Silva e Luna - que foi demitido no fim de março -, Coelho defende a manutenção da política de preços da Petrobras, que vincula os preços dos combustíveis às cotações do dólar e do petróleo no mercado internacional.
Segundo ele, a manutenção da paridade com o mercado internacional é “necessária” para o país. “A prática de preços de mercado é condição necessária para criação de um ambiente de negócios competitivos, para a atração de investimentos, para ampliação da infraestrutura do país e para a garantia do abastecimento”, discursou ele.
Disse ainda que vai “dar continuidade ao processo da promoção da concorrência no refino e no abastecimento” e, para isso, fazer “desenvestimentos” no setor.
Em outubro do ano passado, em entrevista à Agência Brasil, Coelho defendeu que a alta dos combustíveis não é um fenômeno brasileiro, mas uma onda que pegou o mundo.
Com um discurso que agrada os acionistas, mas impacta diretamente na renda da população, Coelho diz que o Brasil precisa acompanhar os preços externos para garantir o abastecimento, já que não refina todo o combustível consumido.
"Nós temos que ter os preços do mercado doméstico relacionados à paridade de preços de importação (PPI), porque se assim não fosse, não teria nenhum agente econômico com aptidão ou vontade de trazer derivados para o mercado doméstico e poderia ter desabastecimento no país", disse.
Prometeu ainda “maior integração com o Congresso, com o Executivo Federal e com os Poderes Executivo e Legislativo dos estados”, ou seja, “uma Petrobras que trabalhará mais para fora”.
Coelho foi presidente do conselho de administração da Pré-Sal Petróleo (PPSA) e ocupou o cargo de secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME) até outubro do ano passado.
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