Ditador foi condenado por seus métodos violentos, incluindo o uso de esquadrões da morte e o envio de militares para fechar o Congresso e o judiciário em 1992
8 de abril de 2022, 21:37 h Atualizado em 8 de abril de 2022, 22:03
Alberto Fujimori (Foto: REUTERS/Mariana Bazo/File Photo)
(Reuters) - A Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) confirmou nesta sexta-feira decisão para o Peru não libertar o ex-presidente Alberto Fujimori, que esteve prestes a deixar a prisão no mês passado.
A determinação anula decisão do principal tribunal do Peru, que em 17 de março permitiu a libertação de Fujimori. O tribunal local restabeleceu um controverso indulto presidencial de 2017 para Fujimori por problemas de saúde que já havia sido anulado em parte devido a decisões emitidas pela CIDH.
A CIDH disse ao Peru em março para se abster de libertar Fujimori até a Corte revisar o assunto. A nova decisão fecha a porta para Fujimori deixar a prisão por enquanto.
Fujimori, de 83 anos, está cumprindo pena de 25 anos de prisão por violações de direitos humanos e continua sendo uma figura altamente polarizadora no Peru, onde governou entre 1990 e 2000, antes de renunciar em meio a escândalos de corrupção.
Ele é saudado por alguns por ter restaurado a estabilidade econômica e derrotado o brutal grupo guerrilheiro maoísta Sendero Luminoso. Mas ele também foi condenado por seus métodos violentos, incluindo o uso de esquadrões da morte e o envio de militares para fechar o Congresso e o judiciário em 1992.
O Peru é membro do tribunal da CIDH e no passado obedeceu às suas decisões, que têm o poder de anular qualquer ordem local.
O atual governo do Peru disse que obedecerá a qualquer decisão da CIDH.
Nenhum comentário:
Postar um comentário