"Bolsonaro voltou a fazer inaceitável incitação à violência para intimidar e atacar os que lhe fazem oposição, ou seja: a maioria da sociedade", diz nota do partido
9 de abril de 2022, 14:05 h Atualizado em 9 de abril de 2022, 14:08
Gleisi Hoffmann e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Carolina Antunes/PR)
247 - O PT divulgou nota neste sábado (9) na qual denuncia nova incitação de Jair Bolsonaro (PL) "à violência política e à formação de milícias armadas" contra opositores.
Nesta sexta-feira (8), em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, relata o texto, Bolsonaro "assumiu como política de seu desgoverno a facilitação da compra e uso de armas de fogo ('praticamente todo tipo de armamento', ele disse) por supostos caçadores e colecionadores, para municiar o que chama de seu 'exército', que já passa de 600 mil no país".
A legenda cobra reação do Congresso Nacional e do Poder Judiciário contra as medidas armamentistas do atual governo.
Leia a nota na íntegra:
"Bolsonaro apela às armas contra o voto
A menos de seis meses da eleição presidencial, Jair Bolsonaro voltou a fazer ontem (08/04), em Passo Fundo (RS), inaceitável incitação à violência política e à formação de milícias armadas para intimidar e atacar fisicamente os que lhe fazem oposição, ou seja: a ampla maioria da sociedade.
Com inacreditável desfaçatez, assumiu como política de seu desgoverno a facilitação da compra e uso de armas de fogo ('praticamente todo tipo de armamento', ele disse) por supostos caçadores e colecionadores, para municiar o que chama de seu 'exército', que já passa de 600 mil no país.
O apelo à violência armada confirma a total incapacidade de Bolsonaro para governar no Estado Democrático de Direito. Confirma sua índole fascista e a intenção de se impor ao país pela força, diante da gravíssima crise social e econômica em que mergulhou o Brasil.
A sociedade brasileira e as instituições são chamadas a reagir diante dessa clara ameaça à democracia e ao exercício dos direitos políticos consagrados na Constituição. Bolsonaro e suas milícias armadas precisam ser contidos e responsabilizados por seus crimes.
É dever do Congresso Nacional e do Poder Judiciário reverter a criminosa e inconstitucional política armamentista de Bolsonaro.
O PT convoca todas as forças democráticas – partidos políticos, movimentos sociais, organizações e lideranças da sociedade – a resistir ao avanço do fascismo e da violência política que Bolsonaro encarna.
O Brasil precisa de crescimento, empregos e justiça social, não de armas. Precisa de paz; não de milícias. A saída para a crise é o voto democrático, a vontade soberana do povo; jamais a violência.
Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT
Reginaldo Lopes, líder do PT na Câmara dos Deputados
Paulo Rocha, líder do PT no Senado Federal
Brasília, 9 de abril de 2022".
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