“O mais grave, porém, é que em ato falho, Bolsonaro relacionou ele mesmo e Adriano da Nóbrega ao assassinato da vereadora Marielle Franco", diz a jornalista
9 de abril de 2022, 07:50 h Atualizado em 9 de abril de 2022, 12:03
(Foto: Divulgação - Reprodução)
247 - A jornalista Cristina Serra afirma, em sua coluna na Folha de S. Paulo, que a morte do miliciano “Adriano da Nóbrega, assassinado em fevereiro de 2020, na Bahia, com todas as características de queima de arquivo, reaparece agora na voz de uma de suas irmãs” e reforça a suspeita de envolvimento do Palácio do Planalto no ocorrido.
“Na distopia tropical em que assassinatos, corrupção, poder e política se misturam com espantosa naturalidade, Fabrício Queiroz, operador da rachadinha, tentou desmentir a irmã de Adriano, dizendo que ela quis se referir ao Palácio Guanabara, sede do governo do Rio de Janeiro, não ao Planalto”, ressalta ela no texto.
A jornalista observa ainda, que “foi a mesma versão adotada em seguida por seu amigo do peito, Bolsonaro. "Em vez de falar Palácio Laranjeiras [também do governo do Rio], falou Palácio do Planalto", especulou. Ambos tentam empurrar a execução de Adriano para o ex-governador Wilson Witzel”.
“O mais grave, porém, é que em ato falho, Bolsonaro relacionou ele mesmo e Adriano da Nóbrega ao assassinato da vereadora Marielle Franco, em março de 2018, sem que esse vínculo tenha sido apontado pelos novos grampos. "Alguém me aponta um motivo que eu poderia ter pra matar Marielle Franco?'. Quatro anos depois do crime, essa é uma das muitas perguntas ainda sem resposta”, observa.
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Ainda segundo Cristina Serra, “o miliciano assassinado era peça chave para o esclarecimento de crimes que insistem em se aproximar do clã Bolsonaro. Não surpreende que se considerasse um homem marcado para morrer, que não tardaria a ser um ‘CPF cancelado’".
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