15 de maio de 2021, 11:13 h Atualizado em 15 de maio de 2021, 13:40
Opera Mundi - O Exército de Israel bombardeou e destruiu neste sábado (15) um prédio de 12 andares localizado em Gaza que abrigava escritórios da emissora catari Al Jazeera, da agência norte-americana Associated Press e outros veículos de comunicação, além de apartamentos residenciais.
O ataque faz parte das hostilidades conduzidas pelo governo israelenses contra a Faixa de Gaza que já entram no 6º dia consecutivo e já deixaram 140 palestinos mortos, incluindo 39 crianças, segundo o Ministério da Saúde da região.
A repórter da Al Jazeera Safwat al-Kahlout, que está em Gaza, se disse chocada com o bombardeio e afirmou que levou dois segundos para que o prédio desabasse.
"Eu trabalho aqui há 11 anos. Cobri muitos eventos desse prédio, nós vivemos muitas experiências profissionais e agora, em dois segundos, tudo desapareceu", disse.
Segundo a correspondente, todos os seus colegas, "apesar da tristeza, não pararam um segundo, estamos buscando alternativas para manter a Al Jazeera funcionando".
Harry Fawcett, outro repórter da emissora que está na região, afirmou que o ataque "é um momento muito pessoal para todos nós".
A agência AP, por sua vez, disse que o dono do prédio teria recebido "um aviso" por parte dos militares israelenses de que o lugar seria bombardeado. Entretanto, ainda de acordo com o veículo, "não houve explicação imediata do motivo do ataque".
Pelo Twitter, a produtora da Al Jazeera Linah Alsaafin publicou um vídeo do momento da destruição do edifício e criticou o bombardeio, afirmando que "isso é o direito de Israel se defender".
Al Jalaa Building in Gaza City destroyed
Watch the moment the building that houses Al Jazeera and several other international media agencies is flattened after Israeli warplanes target it with multiple missiles. Again, this is Israel’s “right to defend itself”.
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