A presidente deposta pelo golpe de 2016, Dilma Rousseff, afirmou que "privatizar um setor, significa entregá-lo à lógica do lucro". "No final do governo FHC, ao se iniciar a privatização da Eletrobras, ocorreu uma forte redução de investimentos em novas usinas hidrelétricas e termelétricas", comparou ela, que prevê apagões e aumento de tarifas
20 de maio de 2021, 11:20 h Atualizado em 20 de maio de 2021, 11:36
Dilma Rousseff e a Eletrobrás (Foto: Ricardo Stuckert | Reuters)
247 - A presidente deposta pelo golpe de 2016, Dilma Rousseff, criticou a aprovação da privatização da Eletrobrás pela Câmara dos Deputados. "Privatizar um setor, significa entregá-lo à lógica do lucro que busca retorno rápido, de curto prazo. Energia elétrica exige planejamento global, horizonte de longo prazo e garantia de abastecimento", disse.
De acordo com a petista, "no final do governo FHC, ao se iniciar a privatização da Eletrobras, ocorreu uma forte redução de investimentos em novas usinas hidrelétricas e termelétricas, e ainda em em novas linhas de transmissão".
"A consequência foi o imenso prejuízo sofrido pela população e pela economia do país com os 'apagões' que atingiram todas as regiões, exceto o Sul e, o terrível racionamento em consequência", afirmou.
"O Senado da República pode barrar essa absurda privatização da Eletrobrás e impedir que seja cometido um crime contra a nação brasileira, nossa economia e o povo brasileiro".
Leia a íntegra da nota:
A aprovação da privatização da Eletrobras pela Câmara de Deputados, que agora vai ao Senado, coloca o Brasil em uma situação de terrível insegurança energética. A Eletrobras sempre foi uma garantia de estabilidade do sistema interligado nacional e, também, de modicidade tarifária.
O sistema Eletrobras é hoje responsável por 35% da geração de energia elétrica do país, 96% de fontes limpas e 1/3 do consumo de eletricidade. Controla as grandes hidrelétricas do Sudeste e do Centro-Oeste, que são o coração do sistema de abastecimento de energia segura, barata e renovável. Além, é claro, de várias outras usinas espalhadas pelo Brasil, incluindo Itaipu e Eletronuclear.
O sistema é ainda responsáveis por 45% da transmissão que permite que a energia chegue a todas as regiões indiscriminadamente, de Norte a Sul do país, de Leste a Oeste.
É necessário repetir e repetir: a Eletrobras vem garantindo o fornecimento de energia aos lares de cada família brasileira, pelos menores preços e sempre de forma segura.
Quem não aprende com seus erros, corre o grande risco de repetir as catástrofes. Ontem, 20 de maio, deputados aprovaram a catástrofe na Câmara.
É preciso relembrar. No final do governo FHC, ao se iniciar a privatização da Eletrobras, ocorreu uma forte redução de investimentos em novas usinas hidrelétricas e termelétricas, e ainda em em novas linhas de transmissão. A consequência foi o imenso prejuízo sofrido pela população e pela economia do país com os “apagões” que atingiram todas as regiões, exceto o Sul e, o terrível racionamento em consequência.
Privatizar um setor, significa entregá-lo à lógica do lucro que busca retorno rápido, de curto prazo. Energia elétrica exige planejamento global, horizonte de longo prazo e garantia de abastecimento.
Aí, mais do que em muitos setores é necessário compromisso público e encarar a energia como uma alavanca do desenvolvimento e do bem-estar da população, garantindo segurança e aprovação da privnergética 24 horas por dia, 365 dias do ano. Requer gestão pública que mantenha a rentabilidade desse setor mas, com base, repito, em uma visão de desenvolvimento e bem estar da população, visão necessariamente de médio e longo prazo.
O Senado da República pode barrar essa absurda privatização da Eletrobras e impedir que seja cometido um crime contra a nação brasileira, nossa economia e o povo brasileiro.
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