O secretário-executivo da ALBA, Sacha Llorenti, considera que frear o plano de controle norte-americano na região é o principal desafio desta organização
31 de maio de 2022, 06:16 h Atualizado em 31 de maio de 2022, 06:56
Sacha Llorenti, secretário-geral da Alba (Foto: Divulgação/Alba)
247 - "Há muitos desafios, o principal é a luta contra o imperialismo porque os Estados Unidos tentam acabar com qualquer tipo de processo político ou social que não seja do seu interesse", disse Sacha Llorenti, secretário-geral do bloco, em entrevista ao jornal agência de notícias russa Sputnik.
Nesse contexto, destacou que há ofensivas de diferentes perspectivas para desmantelar as tentativas de integração latino-americana e caribenha que a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA) teve que enfrentar nos últimos 18 anos.
A ALBA-TCP aprovou na última sexta-feira (27) sua veemente rejeição ao tratamento discriminatório dos Estados Unidos em relação a Cuba, Venezuela e Nicarágua após excluí-los da IX Cúpula das Américas.
Nesse sentido, o secretário da entidade indicou que a referida cúpula será um fracasso, acrescentando que "não é uma cúpula das Américas", pois, em sua opinião, é uma ferramenta norte-americana para controlar todo o espaço para seus interesses hegemônicos, portanto, é parte de sua tentativa de lógica hegemônica.
Da mesma forma, considerou que os EUA não estão interessados em democracia ou direitos humanos, mas apenas busca o controle hegemônico da região para aproveitar os recursos naturais, controlar as rotas de comércio internacional, usar a região como mercado consumidor de seus produtos, bem como para mão de obra barata.
Além disso, fez alusão às sanções impostas pelos Estados Unidos contra Cuba, Venezuela e Nicarágua, qualificando-as de crimes, acrescentando que, se houvesse um verdadeiro Tribunal Penal Internacional, o país norte-americano e seus dirigentes não seriam poupados de uma sanção.
Segundo Llorenti, a região pode alcançar uma verdadeira integração porque já está dando um sinal muito claro de dignidade e soberania ao recorrer a entidades como a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e ao adotar uma posição de protesto contra a exclusão em espaços como a Cúpula das Américas.
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