A solução, segundo a jornalista Tereza Cruvinel, é a mesma de um projeto do senador Rogério Carvalho (PT), que cria um sistema de estabilização da variação dos preços
29 de março de 2022, 21:10 h Atualizado em 29 de março de 2022, 22:03
(Foto: Divulgação | Reuters)
247 - A jornalista Tereza Cruvinel comentou no Boa Noite 247 sobre o indicado de Jair Bolsonaro (PL) para presidir a Petrobras, Adriano Pires, homem do “mercado”, ligado às organizações Globo e que já defendeu a privatização da empresa como solução para evitar a alta nos valores dos combustíveis.
De acordo com Tereza, “certamente” Pires não vai mexer na política de preços da Petrobras, o Preço de Paridade de Importação (PPI), que dolariza o valor dos combustíveis no Brasil. “Por isso o mercado está feliz”, disse, lembrando da subida das ações da estatal após sua nomeação.
Segundo ela, a privatização é consenso entre Pires e Bolsonaro, mas é pensada para um próximo governo. “Os dois [Bolsonaro e Pires] são favoráveis à privatização da Petrobras, mas sabem que isso não é assunto para esse mandato”, declarou. O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira, 29, que a “privatização não está na mesa”.
Por isso, Tereza Cruvinel destacou que o governo precisa agora de um outro plano para conter o aumento dos preços. A solução, segundo a jornalista, é a mesma de um projeto do senador Rogério Carvalho (PT), que cria um sistema de estabilização da variação dos preços.
“Não posso garantir que é o que Pires vai fazer, mas ele está defendendo, em um artigo de fevereiro, a criação do fundo estabilizador de preços do petróleo. É a mesma proposta que foi apresentada pelo senador Rogério Carvalho, do PT, e foi relatada pelo senador petista Jean Paul Prates, e que foi aprovada pelo Senado no mês passado: a tal CEP, conta de estabilização dos preços”, explicou.
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