Os motivos são a guerra na Ucrânia e as sanções impostas contra a Rússia
25 de março de 2022, 04:53 h Atualizado em 25 de março de 2022, 04:54
Larry Fink, CEO da BlackRock (Foto: Reuters)
247 – A globalização acabou e quem diz é o nome mais poderoso do mercado financeiro global.“A invasão da Ucrânia pela Rússia colocou um fim na globalização que experimentamos nas últimas três décadas”, afirmou o CEO da BlackRock, Larry Fink em sua tradicional carta anual aos acionistas, segundo reportagem publicada pelo Valor Econômico. No documento divulgado hoje, o executivo da maior gestora do mundo em ativos, com US$ 10 trilhões sob o guarda-chuva, disse enxergar, como consequência do conflito, um movimento em que “companhias e governos estarão reavaliando suas dependências [de outros países] e reanalisando a manufatura e as plantas de fabricação — algo que a covid já estava levando muitos a começar a fazer”.
Fink apontou ainda que esse cenário pode levar as companhias a trazer a maior parte de suas operações para os próprios países ou muito perto, “resultando em uma rápida reversão para alguns países”. No entanto, o CEO da BlackRock indica que algumas regiões podem até se beneficiar desse movimento e cita o Brasil dentro desse grupo. “Outros, como México, Brasil e Estados Unidos ou os ‘hubs’ manufatureiros no sudeste da Ásia, podem se beneficiar”.
Para Fink, “essa dissociação vai, inevitavelmente, criar desafios para as companhias, incluindo custo mais elevado e pressões sobre as margens”. Uma reorientação em larga escala das cadeias de suprimentos, continuou o executivo, “será inerentemente inflacionária”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário