Com a carta ao STF, Jair Bolsonaro espera livrar Carlos e Eduardo Bolsonaro do inquérito das fake news e ataques às instituições, enquanto entrega peixes pequenos, como Zé Trovão e Oswaldo Eustáquio
10 de setembro de 2021, 05:23 h Atualizado em 10 de setembro de 2021, 05:34
Guedes, Heleno, Carlos e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Instagram)
247 – O usurpador Michel Temer, que se tornou presidente após um "grande acordo nacional, com Supremo, com tudo", para golpear a democracia e derrubar a ex-presidente Dilma Rousseff, teria construído algo semelhante para obter a rendição humilhante de Jair Bolsonaro. "A nota de recuo de Jair Bolsonaro, articulada por Michel Temer, deve ajudar a restabelecer um acordo que vinha sendo costurado há três semanas com Ciro Nogueira, Gilmar Mendes, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco. Ele consiste na rejeição da ação que pede no Supremo a derrubada dos decretos das armas, uma nova regulamentação em torno da reserva Raposa Serra do Sol e a transferência do inquérito das fake news para Augusto Aras — evitando que ele avance sobre Jair Bolsonaro e seus filhos", segundo escreve o jornalista Claudio Dantas, do site de extrema-direita Antagonista.
"Temer também teria apoio para se candidatar a deputado federal em 2022 e presidir a Câmara após o biênio de Lira. Ninguém tem claro se esse acordo será cumprido na íntegra, considerando as questões complexas envolvidas e o próprio comportamento imprevisível de Bolsonaro", prossegue o jornalista. "Para acalmá-la, será preciso evitar novas medidas cautelares por parte de Moraes (também imprevisível) e incutir — à base de muita fake news — a ideia de que o presidente da República tem um plano mirabolante para implodir o sistema e libertar seu povo", finaliza.
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