Cerca de 51,3% da população já completou ciclo de imunização contra o vírus; país utiliza vacinas desenvolvidas e produzidas localmente
30 de setembro de 2021, 17:13 h Atualizado em 30 de setembro de 2021, 17:14
(Foto: Divulgação)
Opera Mundi - O governo de Cuba anunciou nesta quarta-feira (28/09) que vacinou 80% da sua população com ao menos uma dose de um dos três imunizantes desenvolvidos e produzidos pela ilha contra a covid-19: a Soberana 02, Soberana Plus e a Abdala. Com isso, o país se torna o primeiro da América Latina a atingir tal marca.
Segundo autoridades de saúde do país, em média, são mais de 200 mil doses aplicadas por dia em território cubano. De acordo com a diretora de Ciência e Inovação do Ministério da Saúde, Ileana Morales, houve dias em que Cuba atingiu a "média de mais de 350 mil” aplicações.
“Estamos entre os primeiros países do mundo a atingir esse indicador e temos feito isso com nossas próprias vacinas, que são únicas. Até o final de hoje, quando tivermos os dados, poderemos ter um percentual bem maior”, destacou Morales.
O objetivo é vacinar toda a população até o final do ano, mas a reabertura das fronteiras deve começar a partir de novembro. Segundo a pasta da Saúde, 64,3% da população já recebeu a segunda dose; 50,63% a terceira; e 51,3%, equivalente a 5,1 milhões de pessoas, quase metade da população, completaram o esquema de imunização.
Morales explicou que a estratégia de vacinação conta com três princípios “fundamentais”: caráter nacional, vacinas próprias, cobertura total e organizada por etapas.
“Pudemos implementar essa estratégia porque Cuba conta com suas fortalezas: o sistema de saúde e grande indústria farmacêutica", disse, acrescentando que “temos um compromisso com o povo cubano e temos conseguido o que dissemos”.
Os dados da imunização levantados pelo Our World in Data, da Universidade de Oxford, podem ser conferidos aqui.
Em outubro, a ilha caribenha retomará as aulas presenciais em todo o sistema público de educação. Nos últimos 20 dias, 1,6 milhão de crianças foram vacinadas, sendo que 900 mil têm idade de 2 a 11 anos.
Todas as fórmulas cubanas passaram por testes clínicos dentro e fora do país até ter seu uso emergencial aprovado pelo Centro para Controle Estatal de Medicamentos, Equipamentos e Dispositivos Médicos (Cecmed).
Desde o início da pandemia, Cuba acumula 872 mil contaminados e 7.378 vítimas da covid-19.
(*) Com Brasil de Fato.
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