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A iniciativa do Cinturão e da Rota da Seda tem, desde 2015, um capítulo que iniciou a etapa mais intensa da disputa hegemônica com os EUA.
Trata-se da promoção e difusão das novas tecnologias chinesas no mundo. Esta iniciativa é conhecida como a Rota da Seda Digital.
A iniciativa surgiu com o nome de Rota da Seda da Informação e se centrou inicialmente em investimentos em cabos de fibra óptica e redes de telecomunicações.
Desde então, seu alcance foi ampliado para incluir investimentos em comércio eletrônico e sistemas de pagamentos móveis, projetos relacionados com a indústria espacial, centros de dados e pesquisa e projetos relacionados com as cidades inteligentes.
A Rota da Seda Digital faz parte da estratégia de desenvolvimento tecnológico do plano Made in China 2025 e da Estratégia Nacional de Informatização.
"A esse tipo de comportamento que busca publicamente coagir os outros países na construção do 5G e sabotar a parceria sino-brasileira, manifestamos forte insatisfação e veemente objeção", afirmou a Embaixada da China no Brasil
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Deste modo, a China definiu sua ambição política de chegar à liderança mundial na área de alta tecnologia.
As modalidades de financiamento dos projetos da Rota da Seda Digital têm sido a chave para sua expansão.
No relatório de 2021 sobre o Investimento Estrangeiro Direto na América Latina e no Caribe há um capítulo especial dedicado à participação chinesa na região e no resto do mundo, além das colocações vinculadas ao setor da tecnologia e das telecomunicações.
Desde 2013, os projetos da Rota da Seda Digital em todo o mundo representaram mais de US$ 17 bilhões (R$ 87,5 bilhões), com mais de US$ 10 bilhões (R$ 51,5 bilhões) investidos no comércio eletrônico e pagamentos digitais e mais de US$ 7 bilhões (R$ 36 bilhões) destinados a empréstimos e ao Investimento Estrangeiro Direto na infraestrutura das redes de telecomunicações e cabos de fibra óptica.
Os investimentos da China nos setores das telecomunicações e alta tecnologia aumentaram nos últimos anos como reflexo da estratégia de expansão digital do país e do peso crescente que suas empresas digitais têm no mundo.
Huawei afirma que tais acusações não têm quaisquer bases e que têm motivações políticas, o que vai contra os princípios de competição de mercado
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Entre 2005 e 2019, aproximadamente um quarto do total das operações de fusão e aquisição das empresas chinesas no exterior foram concretizadas nos setores de telecomunicações, Internet e tecnologia.
Atualmente, a posição internacional da China mudou e o país é uma das grandes potências do mundo, o que causou um conflito pela hegemonia tecnológica com os EUA.
As grandes empresas tecnológicas da China estão tendo uma presença crescente na América Latina e no Caribe, destacando-se a Huawei, China Telecom e ZTE.
Na área das comunicações, a maioria dos anúncios de investimento realizado entre 2015 e 2020 correspondem à Huawei e Xiaomi para instalações comerciais no mercado dos telefones inteligentes.
A Xiaomi aumentou entre 2018 e 2019 sua presença e reafirmou seu interesse no mercado latino-americano, anunciando 18 projetos de venda varejista em sete países: Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Panamá e Peru.
Por sua vez, a Huawei opera há 20 anos na região e atualmente está instalada em 20 países da América Latina.
Edital de 5G no Brasil: Documento do governo do Brasil não traz um bloqueio explícito à Huawei, mas apresenta uma "forma bonita" de proibir a companhia no Brasil. Empresas criticaram também a exigência de criar uma rede privativa para o governo federal.
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Entre 2019 e 2020, a Huawei anunciou quatro projetos, sendo um no Brasil e três no Chile, criando um segundo centro de dados em cada um desses países.
Entre 2015 e 2020, as empresas privadas e estatais investiram em torno de US$ 74,8 bilhões (R$ 385,2 bilhões) na região, formando parte da nova onda de investimentos chineses, que está focada em setores de logística, serviços, telecomunicações e transporte.
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