Joaquim de Carvalho
Levantamento do Ipespe revelou ainda que 64% dos profissionais de comunicação apoiam o impeachment. Joaquim de Carvalho noticia também que um dos seguranças voluntários de Bolsonaro já sofreu dois atentados.
29 de setembro de 2021, 13:53 h Atualizado em 29 de setembro de 2021, 13:53
Jair Bolsonaro (Foto: Isac Nobrega - PR)
Levantamento realizado pelo Ipesp revela que 64 por cento dos jornalistas brasileiros são a favor do impeachment de Jair Bolsonaro, 29% são contra e 7 por cento não têm opinião formada.
O Ipesp ouviu 117 jornalistas, entre os dias 31 de agosto e 15 de setembro, em parceria do Grupo Comunique-se e Kamplie Comunicação.
Para 76% dos jornalistas, o governo Bolsonaro faz um governo ruim ou péssimo, 6% o consideram regular e 16% o veem como ótimo ou bom.
Entre os que responderam a pesquisa, 57% são editores; 27%, coordenadores de conteúdo; 21% colunistas; 15%, repórteres; 15%, editores-chefes; 12%, chefes de reportagem; 5%, repórteres especiais; e 3% não informaram.
O levantamento também apontou que 83% consideram negativo o tratamento dado por Bolsonaro a jornalistas e veículos de comunicação. Para 10%, é positiva.Para 3%, neutra. Quatro por cento disseram não ter opinião formada.
Os pesquisadores também ouviram dos jornalistas a avaliação sobre a cobertura que a imprensa faz do governo Bolsonaro.
Metade dos jornalistas entrevistados (exatamente 50%) considera que a cobertura é boa; 30%, regular; 19%, ruim ou péssima; e 1 por cento não respondeu.
O trabalho da CPI também foi avaliado pelos jornalistas. Para 48%, a comissão terminará sem conclusão; 44% entendem que a CPI apontará responsáveis e haverá desdobramento no Judiciário; 9% não têm opinião formada.
A maioria dos jornalistas (55%) que participaram do levantamento considera que Jair Bolsonaro não será responsabilizado pela CPI. Apenas 34% acreditam que a comissão responsabilizará Bolsonaro pelas ações negativas e omissões frente à pandemia.
Sessenta e dois por cento dos jornalistas também acreditam que a relação de Bolsonaro com o Centrão é instável e terminará antes da eleição do ano que vem; 23% acreditam será duradoura; e 15% não responderam.
Sobre a proposta de semi-presidencialismo a partir de 2026 (o parlamentarismo envergonhado, já rejeitado pelos brasileiros em dois plebiscitos), 45% acham que têm pouca chance de ser aprovado; 34%, nenhuma chance. Só 1% acredita que tem muita chance de passar pelo Congresso Nacional; 9%, alguma chance; e 11% não têm opinião formada.
Entre os jornalistas que participaram da pesquisa, 3% moram nos EUA e 97% no Brasil; 18% se consideram da classe social A; 50%, B; e 32%, C.
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