O repórter investigativo Joaquim de Carvalho foi a Juiz de Fora, Montes Claros e Florianápolis para apurar o caso que mudou a história do Brasil. A versão oficial tem mentiras e muitas pistas não foram seguidas. O caso precisa ser reaberto e Carlos Bolsonaro investigado
11 de setembro de 2021, 16:57 h Atualizado em 12 de setembro de 2021, 05:53
Adélio, Bolsonaro e o repórter: caso precisa ser reaberto (Foto: Reprodução e foto de Eric Araújo)
247 - A TV 247 lança hoje às 21 horas o documentário Bolsonaro e Adélio - Uma fakeada no coração do Brasil.
O repórter investigativo Joaquim de Carvalho foi a Juiz de Fora, Montes Claros e Florianápolis para apurar o caso que mudou a história do Brasil.
O documentário mostra que inquérito da Polícia Federal não seguiu a linha do auto atentado, apesar de existirem evidências nesse sentido.
Logo depois da facada ou suposta facada em Juiz de Fora, houve um movimento que parece sincronizado para associar Adélio à ideologia de esquerda.
Esse movimento resultou na publicação de notas na imprensa que mostravam Adélio em um protesto pela renúncia de Temer em maio de 2018 e a informação pela Câmara dos Deputados de que Adélio visitou o parlamento em agosto de 2013.
O que a imprensa não contou é que o protesto tinha sido organizado por um militante bolsonarista e Adélio já não participava do PSOL quando entrou na Câmara.
Na época, ele estava próximo do PSD. A Polícia encontrou em seus pertences um cartão do deputado Marcos Montes, hoje secretário-executivo do Ministério da Agricultura, o número da pasta. Encontrou também uma carta em que ele pede desfiliação do PSD, em 2016.
Um sobrinho de Adélio, o mais próximo dele, deu entrevista pela primeira vez e contou que o tio costumava pregar em igrejas evangélicas para falar do kit gay e contra o projeto que criminaliza a homofobia.
“Ele totalmente próximo do que dizia Bolsonaro”, contou Jefferson Ramos.
O clube de tiro ponto 38, em Florianópolis, por sua vez, tentou esconder que Adélio e Carlos Bolsonaro se encontram no local dois meses antes do episódio em Juiz de Fora.
A Polícia Federal descobriu que os dois tiveram aula com o mesmo instrutor, no dia 5 de julho. Mas essa pista não foi perseguida.
Bolsonaro foi tratado como vítima, e o trabalho dos advogados de Adélio atendeu ao interesse do então candidato, não do suposto cliente, de quem viraram curadores.
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Desde o episódio da facada, Adélio não vê os parentes.
Uma irmã conta que nem sequer é informada pelo advogado do estado de saúde dele. E recebeu carta de Adélio única vez, mas afirmou que não tem certeza se é dele mesmo.
O documentário tem 1 horas e 42 minutos, com direção de Max Alvim e imagens de Eric Araújo, além de vídeos e fotos inéditas do dia da visita de Bolsonaro a Juiz de Fora.
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