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sexta-feira, 31 de maio de 2019

China manda aviso aos EUA


"Não diga que não te avisamos": uma frase da China sinaliza que a guerra comercial pode ficar ainda pior

PONTOS Chaves

  • “Aconselhamos o lado americano a não subestimar a capacidade do lado chinês de salvaguardar seus direitos e interesses de desenvolvimento. Não diga que não avisamos você! ”, Disse o People's Daily em um comentário intitulado" Estados Unidos, não subestime a capacidade da China de revidar ".
  • A frase "Não diga que não o avisamos" foi usada pelo Diário do Povo em 1962 antes da guerra de fronteira entre a China e a Índia e antes da Guerra China-Vietnã de 1979.
  • A China ameaçou cortar os minerais de terras raras como uma contramedida na escalada da batalha comercial. Os materiais são cruciais para a produção de iPhones, veículos elétricos e armas avançadas de precisão

GP: Xi Jinping china flags

Presidente poderoso da China Xi Jinping  paira entre bandeiras nacionais.

Johannes Eisele | AFP | Getty Images

O maior jornal chinês alertou explicitamente os EUA na quarta-feira de que a China cortaria minerais de terras raras como uma medida defensiva na escalada da batalha comercial, usando uma expressão carregada de história que a publicação usou antes das guerras.

“Aconselhamos o lado americano a não subestimar a capacidade do lado chinês de salvaguardar seus direitos e interesses de desenvolvimento. Não diga que não avisamos você! ”, Disse o Diário do Povo em um comentário intitulado" Estados Unidos, não subestime a capacidade da China de contra-atacar ". A publicação é o jornal oficial do Partido Comunista da China.

A frase "Não diga que não avisamos" já foi usada antes pelo Diário do Povo em 1962 antes da guerra de fronteira entre a China e a Índia e antes da guerra China-Vietnã de 1979.

ASSISTA AGORAVIDEO04: 29Como a China poderia usar seus enormes títulos de dívida dos EUA como uma arma da guerra comercial

“As terras raras se tornarão uma contra-arma para a China reagir contra a pressão que os Estados Unidos pressionaram sem nenhuma razão? A resposta não é um mistério ”, disse o jornal.

O conflito comercial entre as duas maiores economias do mundo escalou rapidamente este mês, com os dois lados batendo as tarifas em bilhões de dólares em bens uns dos outros. A ameaça da China de restringir as vendas de minerais de terras raras aos EUA veio depois que o presidente Donald Trump colocou na lista negra a Huawei, gigante das telecomunicações, o que levou muitos fabricantes de chips e empresas de Internet a cortar laços com a empresa.

A especulação sobre o retorno da China surgiu pela primeira vez quando o presidente chinês, Xi Jinping, visitou as instalações de mineração e processamento de terras raras na província de Jiangxi, durante uma turnê doméstica na semana passada. Uma autoridade chinesa advertiu terça-feira que os produtos feitos com os materiais não devem ser usados contra o desenvolvimento da China, que era visto como uma ameaça velada para os EUA e sua indústria de tecnologia.

Os materiais de terras raras da China são cruciais para a produção de iPhones, veículos elétricos e armas de precisão avançadas, embora as importações representassem uma parte relativamente pequena do déficit de US $ 420 bilhões de mercadorias dos EUA com a China em 2018.

O tabloide chinês Global Times também disse na terça-feira que a China pode jogar a "carta das terras raras" e que está "considerando seriamente" a medida.

O mercado de ações sofreu um grande golpe em meio às estratégias "olho por olho" entre os EUA e a China, com as ações prontas para publicar seu primeiro mês negativo do ano. O S & P 500 perdeu quase 6% este mês.

VER: No access to rare earth minerals a ‘serious’ problem for U.S. tech

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VIDEO03:30

No access to rare earth minerals could be ‘serious problem’

Correção: este artigo foi atualizado para remover uma referência incorreta ao número de vezes que a frase "Não diga que não avisamos" foi usada pelo Diário do Povo. Além disso, este artigo foi atualizado para refletir que a guerra fronteiriça da China com a Índia ocorreu em 1962 e a Guerra China-Vietnã foi em 1979.

https://www.cnbc.com


Fonte: https://undhorizontenews2.blogspot.com/

Bolsonaro revela que não gosta de pobre


Isac Nóbrega/PR

247 - O presidente Jair Bolsonaro disse que vai vetar emenda à Medida Provisória (MP) das Aéreas que reintroduz o direito de transporte gratuito de bagagem em voos domésticos e internacionais.

A afirmação foi feita durante a transmissão semanal no Facebook ao vivo nesta quinta-feira (30). Ele disse que está convencido a vetar o trecho da emenda à MP 863.

"Minha tendência é vetar. Aliás, eu fui convencido a vetar o dispositivo. Não só porque é do PT. Se bem que é um indicativo. Os caras são socialistas, comunistas, são estatizantes. Eles gostam de pobre", justificou o presidente.

A gratuidade da bagagem não estava na versão inicial da MP, tendo sido incluída durante a tramitação no Congresso por uma emenda da bancada do PT.

Diante da aprovação no Congresso, Bolsonaro chegou a dizer que não vetaria a propostas, mas depois atendeu o lobby das empresas pela permanência da cobrança.

Fonte: https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/395113/Bolsonaro-revela-que-n%C3%A3o-gosta-de-pobre.htm

Em vídeo, Weintraub prova ser uma figura grotesca


247 - No dia em que 1,8 milhão de brasileiros foram às ruas para lutar por educação, o ministro Abraham Weintraub postou vídeo parodiando "Cantando na Chuva" para falar sobre uma "chuva de fake news contra o MEC" com o vídeo, Weintraub provou não ter decoro para o cargo e ele será alvo de representação na PGR por tentar coagir professores e alunos a delatar – o que é uma prática nazista.

No vídeo, publicado em sua página no Twitter, portando um guarda-chuva e fazendo gestos grotescos que imitam o filme, Weintraub diz que "está chovendo fake news".

O ministro da Educação do governo direitista de Jair Bolsonaro tem chocado a nação e provocado forte reação de políticos, intelectuais, estudantes, professores e juristas com suas declarações ofensivas. Sua gestão desastrosa à frete do MEC está provocando revolta. Nos últimos 15 dias, por duas vezes estudantes foram às ruas defender a educação brasileira, sob ataque do governo.

Há também uma onda de repulsa à nota em que pediu a deduragem contra pais, alunos e professores que em estimulam e divulgam manifestações de protestos contra a política de ataques à educação no país.

A nota do MEC está sendo considerada uma declaração de guerra por políticos e foi chamada de "tresloucada" e "autoritária".

A medida será questionada na justiça. Para Luciano Mariz Maia, vice-procurador-geral da República, a nota do MEC pode violar o Estatuto da Criança e do Adolescente e outros dispositivos legais.

O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) disse que irá representar contra o ministro Abraham Weintraub (Educação) por abuso de poder, improbidade administrativa e crime de responsabilidade.

Fonte: https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/395141/Em-v%C3%ADdeo-Weintraub-prova-ser-uma-figura-grotesca.htm

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Brasil entra oficialmente em recessão com fiasco de Guedes e Bolsonaro

Esq.: Sergio Moraes - Reuters / Dir.: Cesar Ferrari - Reuters

247, com Reuters - O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil iniciou o ano com contração no primeiro trimestre na comparação com o quarto trimestre do ano passado, confirmando o quadro de dificuldades na economia e as preocupações com as perspectivas.

Entre janeiro e março, o PIB recuou 0,2% em relação aos três meses anteriores, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o mesmo período de 2018, houve avanço de 0,5%.

A mediana das expectativas em pesquisa da Reuters era de queda de 0,2% do PIB no primeiro trimestre de 2019 em relação ao quarto e alta de 0,5% sobre um ano antes.

Neste trimestre, o PIB ficou no negativo em seus principais componentes em comparação ao último trimestre do ano passado. A indústria encolheu 0,7%, puxada pelo declínio do setor extrativo, após o desastre ambiental de Brumadinho (MG). A agropecuária recuou 0,5%, com a quebra de safra da soja.

Os serviços registraram uma leva alta de 0,2%, contidos pelo elevado desemprego. São mais de 13 milhões de desempregados.

Fonte: https://www.brasil247.com/pt/247/economia/395046/Brasil-entra-oficialmente-em-recess%C3%A3o-com-fiasco-de-Guedes-e-Bolsonaro.htm

MP: União deve indenizar alunos e professores por agressões de Weintraub


Geraldo Magela/Agência Senado

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O Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte quer que a União pague indenização de R$ 5 milhões por causa das declarações do ministro da Educação, Abraham Weintraub, sobre estudantes e professores; em ação civil pública, o MPF afirma que o ministro comete danos morais coletivos e ofende a honra dos alunos e professores de instituições federais de ensino

30 de Maio de 2019 às 12:42

247 - O Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte quer que a União pague indenização de R$ 5 milhões por causa das declarações do ministro da Educação, Abraham Weintraub, sobre estudantes e professores. Em ação civil pública, o MPF afirma que o ministro comete danos morais coletivos e ofende a honra dos alunos e professores de instituições federais de ensino.

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A indenização é pedida diante da "gravidade que é um ministro de Estado da Educação atuar para denegrir a imagem das próprias instituições de ensino superior e, no contexto dessa ação, a dos próprios alunos e professores, quando postura oposta era a esperada", diz a ação.

Segundo informa o Portal Conjur, o pedido se refere às justificativas do ministro Weintraub para os cortes no orçamento das universidades federais. Oficialmente, o Ministério da Educação disse que era preciso contingenciar gastos. Em entrevista coletiva, no entanto, o ministro acusou os estudantes e professores de fazer "balbúrdia com dinheiro público". Depois ele foi questionado pela bancada parlamentar do Rio Grande do Norte na Câmara sobre como as universidades fariam com os serviços de limpeza, já que o dinheiro estava contingenciado. Resposta: "Chama o CA e o DCE".

Cortes e perseguição

Além de anunciar os cortes, o ministro está empenhado em promover uma perseguição ideológica nas universidades. Ele, que é de extrema direita, foi às redes sociais na quarta-feira (29), pedir que os pais denunciem professores que estariam "coagindo" alunos da rede pública a participar dos atos.

"Este governo acredita que as manifestações, se democráticas e pacíficas, são um direito de todo brasileiro. O que não pode acontecer são as coações de pessoas em ambiente escolar público", diz em vídeo o ministro da Educação. (Leia mais aqui).

Fonte: https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/395047/MP-Uni%C3%A3o-deve-indenizar-alunos-e-professores-por-agress%C3%B5es-de-Weintraub.htm

quarta-feira, 29 de maio de 2019

Papa Francisco escreve carta a Lula e diz que 'o bem vencerá o mal'


247 - O Papa Francisco escreveu carta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso político há mais de um ano. No texto, Francisco diz que ora por Lula e pede que o e-presidente 'não deixe de rezar por mim'.

A informação é da coluna da jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo. O Papa Francisco lamenta "as duras provas que o senhor viveu ultimamente" e cita a morte de dona Marisa, do irmão de Lula, Genival Inácio, e do neto dele, Arthur.

"Não deixe de rezar por mim", pede Francisco a Lula, dizendo que também ora pelo líder brasileiro. De acordo com Mônica Bergamo, "a correspondência é uma resposta a uma carta que o ex-presidente enviou ao santo padre em março".

O texto traz reflexões religiosas e filosóficas. Diz que graças ao "triunfo de Jesus sobre a morte", é possível acreditar "que, no final, o bem vencerá o mal, a verdade vencerá a mentira e a Salvação vencerá a condenação".

A advogada Carol Proner, que faz parte de um grupo de estudos no Vaticano e teve acesso à correspondência, diz que "é uma carta que carrega muitas mensagens, além daquelas de afeto".

Leia a íntegra da carta:

Estimado Luiz Inácio,

Recebi sua atenciosa carta do passado 29 de março, com a qual, além de agradecer a minha contribuição para defesa dos direitos dos mais pobres e desfavorecidos dessa nobre nação, me confidenciava seu estado e ânimo e comunicava sua avaliação sobre o contexto sócio-político brasileiro, o que me será de grande utilidade.

Como assinalei na mensagem para o 52 Dia Mundial da Paz, celebrado no passado 1 de janeiro, a responsabilidade política constitui um desafio para todos aqueles que recebem o mandato de servir ao seu País, de proteger as pessoas que habitam nele e de trabalhar para criar as condições de um futuro digno e justo. Tal como meus antecessores, estou convencido de que a política pode tornar-se uma forma eminente de caridade, se for implementada no respeito fundamental pela vida, liberdade e dignidade das pessoas.

Nesses dias, estamos celebrando a ressurreição do senhor. O triunfo de Jesus Cristo sobre a morte é a esperança da humanidade. A sua Páscoa, sua passagem da morte à vida, é também a nossa Páscoa. Graças a ele, podemos passar da escuridão para luz, das escravidões desse mundo para liberdade da terra prometida. Do pecado que nos separa de Deus e dos irmãos para a amizade que nos une a ele. Da incredulidade e do desespero para alegria serena e profunda de quem acredita, no final, o bem vencerá o mal, a verdade vencerá a mentira e salvação vencerá a condenação.

Tenho presente das duras provas que o senhor viveu ultimamente, especialmente da perda de alguns entes queridos, sua esposa Marisa Letícia, seu irmão Genival Inácio e, mais recentemente, seu neto Arthur de somente sete anos- quero lhe manifestar a minha  proximidade espiritual e lhe encorajar pedindo para não desanimar e continuar confiando em Deus.

Ao assegurar-lhe minha oração a fim de que, neste tempo pascal de Júbilo,  a luz de cristo ressuscitado o cumule de esperança, peço-lhe que não deixe de rezar por mim. 

Que Jesus o abençoe e a Virgem santa lhe proteja.

Fraternalmente.

Fonte: https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/394896/Papa-Francisco-escreve-carta-a-Lula-e-diz-que-'o-bem-vencer%C3%A1-o-mal'.htm

Dez razões para ir às ruas nesta quinta (30) e parar no dia 14, na greve geral


Postado em 28 de maio de 2019


Reprodução

A greve geral do dia 14 de junho pela aposentadoria e por mais empregos, que está sendo organizada pela CUT e demais centrais sindicais – CTB, Força Sindical, CGTB, CSB, Nova Central, CSP- Conlutas e Intersindical -, ganhou a adesão de estudantes e professores depois que o governo Jair Bolsonaro (PSL) anunciou cortes que inviabilizam a educação pública, do ensino básico à pós-graduação no País.

O primeiro grande ato contra a reforma da Previdência, convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) para o dia 15 de maio antes do anúncio dos cortes, foi a primeira mobilização conjunta entre classe trabalhadora e estudantes pela aposentadoria e pela educação.

Nesta quinta-feira (30), um ato convocado pela União Nacional dos Estudantes (UNE), também contra os cortes e em defesa da aposentadoria, está sendo organizado e mobilizado por estudantes, professores, CUT e demais centrais e será mais uma mobilização rumo à greve geral do dia 14.

Já tem atos marcados em várias capitais do Brasil, entre elas, São Paulo/SP, às 17h, no Largo da Batata; Porto Alegre/RS, às 18h, na Esquina Democrática; Rio de Janeiro/RJ, às 16, na Candelária; e Fortaleza/CE, às 14h, na Praça Gentilândia. Confira aqui a relação completa dos atos marcados.

Dez razões para participar dos atos:
1 – Reforma da Previdência é o fim do direito à aposentadoria de milhões de trabalhadores e trabalhadoras:

A reforma da Previdência de Bolsonaro (PSL) acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição e impõe a obrigatoriedade da idade mínima de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres, aumenta o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 20 anos e muda o cálculo do valor do benefício para reduzir o valor pago pelo INSS – trabalhadores vão receber apenas 60% do valor do benefício. Para ter acesso à aposentadoria integral, o trabalhador e a trabalhadora terão de contribuir por pelo menos 40 anos.

Compare com as regras atuais

Pelo modelo atual, os trabalhadores podem se aposentar após 35 anos de pagamento ao INSS e as trabalhadoras após 30 anos de contribuição, sem a exigência de idade mínima. Nesse caso, para ter acesso ao valor integral do benefício, as mulheres precisam que a soma da idade mais o tempo de contribuição seja igual a 86 (56 anos + 30 contribuições = 86 – aposentadoria integral). Já os homens precisam que a soma final totalize 96 (61 anos + 35 contribuições = 96 – aposentadoria integral).

No caso dos trabalhadores que não conseguem se aposentar por tempo de contribuição, a aposentadoria é por idade: 65 anos para os homens e 60 para as mulheres, com no mínimo 15 anos de contribuição.

2 – Quem já está aposentado também vai ter prejuízo

A reforma exclui da Constituição Federal a regra que determina a reposição da inflação para os benefícios acima do salário mínimo pagos a aposentados e pensionistas da iniciativa privada e do setor público. E mais: desvincula os valores dos benefícios do salário mínimo.

Isso significa que os reajustes do salário mínimo não serão mais usados como base de cálculo para corrigir as aposentadorias e pensões. Essas mudanças podem rebaixar drasticamente os valores dos benefícios, inclusive de quem se aposentou antes de a reforma ser aprovada.

3 – Reforma ataca até viúvas e órfãos

No caso de morte, o cônjuge ou filho que tem direito a pensão receberá apenas 50% do valor do benefício a que o trabalhador ou trabalhadora tinha direito, mais 10% por cada dependente. Como a viúva ou o viúvo contam como dependentes, a pensão começa com 60% do valor do benefício.

Os filhos menores de idade têm direito a 10% cada. Quando um filho atingir a maioridade ou falecer, sua cota não será reversível aos demais dependentes.

Em 2017, mais de 7 milhões e 780 mil (22,7%) do total de benefícios pagos foram por pensão por morte. O valor médio mensal foi de apenas R$ 1.294,05, segundo o Anuário da Previdência Social.

Mais um ataque nas viúvas e viúvos

A reforma de Bolsonaro quer restringir a possibilidade das viúvas ou viúvos acumularem os, em geral, parcos benefícios. Pela regra proposta, se uma pessoa for acumular aposentadoria com pensão poderá escolher o benefício de valor mais alto e o outro vai ser repassado com desconto, de acordo com reduções por faixas escalonadas de salário mínimo.

Por exemplo, quem tiver um segundo benefício no valor de até um salário mínimo (R$ 998,00), poderá ficar com 80% do benefício (R$ 798,40).

4 – Reforma ataca também doentes e acidentados

Trabalhadores e trabalhadoras da iniciativa privada e servidores públicos que se acidentarem ou sofrerem de doenças sem relação com o ambiente do trabalho vão receber apenas 60% do valor do benefício, se tiver contribuído no mínimo durante 20 anos para o INSS. Se ele tiver contribuído por mais de 20 anos, terá direito a 2% a mais no valor do benefício por cada ano de contribuição.

Pela proposta, um trabalhador acidentado, ou doente, pode receber menos do que o valor do salário mínimo (R$ 998,00).

5 – Reforma praticamente acaba com aposentadoria por invalidez permanente

A PEC propõe que os trabalhadores acidentados ou que tenham doenças contraídas sem relação com o ambiente de trabalho terão de contribuir por, no mínimo, 20 anos para receber apenas 60% do valor da aposentadoria. Se ele tiver contribuído por mais de 20 anos, terá direito a 2% a mais no valor do benefício por cada ano de contribuição.

Atualmente, para ter direito ao benefício integral, basta o trabalhador ter contribuído durante 12 meses, o chamado período de “carência”.

6 – Capitalização da Previdência

O governo quer criar a capitalização da Previdência, mas ainda não disse como serão as regras. Só vão apresentar a proposta, por meio de uma lei complementar, depois da aprovação da PEC 06/2019.

O que se sabe sobre a capitalização é que o sistema funciona como uma poupança pessoal do trabalhador, não tem contribuição patronal nem recursos dos impostos da União para garantir o pagamento dos benefícios.

O trabalhador deposita todos os meses um percentual do seu salário nessa conta individual para conseguir se aposentar no futuro. Essa conta é administrada por bancos, que cobram tarifas de administração e ainda podem utilizar parte do dinheiro para especular no mercado financeiro.

7 – Reforma quer acabar com pagamento da multa de 40% do FGTS

A reforma da Previdência de Bolsonaro não se limita a Previdência, mexe também com a legislação Trabalhista ao propor o fim do pagamento da multa de 40% do saldo do FGTS quando o trabalhador se aposentar e continuar na mesma empresa. Esse item também isenta o empresário de continuar contribuindo com o FGTS.

8 – Governo quer excluir do acesso ao PIS PASEP 18 milhões de trabalhadores

Outra proposta da reforma que não tem a ver com aposentadoria nem pagamento de benefícios é a sugestão de pagar o abono salarial do PIS/PASEP apenas para os trabalhadores e trabalhadoras formais que ganham até um salário mínimo (R$ 998,00).

Se a PEC for aprovada pelo Congresso Nacional, dos 21,3 milhões (52%) trabalhadores e trabalhadoras formais que hoje recebem o abono, 18 milhões deixarão de receber.

9 – Cadê a política para gerar emprego e renda do governo?

No primeiro trimestre deste ano, faltou trabalho para 28,3 milhões de trabalhadores e trabalhadoras no Brasil, segundo a Pnad Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desemprego do período foi de 12,7% e atinge 13,4 milhões de trabalhadores e trabalhadores.

Mas, até agora, o governo Bolsonaro não apresentou sequer uma proposta que, de fato, contribua para aquecer a economia e gere emprego e renda.

10 – Os cortes na educação prejudicam do ensino básico a pós-graduação

Com os cortes anunciados na educação básica vão faltar recursos para a compra de móveis, equipamentos, para a capacitação de servidores e professores e até para pagamento de contas de água e luz.

Os cortes também inviabilizam investimentos no programa de Educação Jovens e Adultos (EJA) e também o ensino em período integral.

Além disso, afeta profundamente a educação, saúde, produção científica e tecnológica. As universidades públicas são responsáveis por mais de 90% da pesquisa e inovação no país e prestam serviços à população por meio de projetos de extensão e hospitais universitários.

Por CUT

Fonte: https://ptnacamara.org.br/portal/2019/05/28/dez-razoes-para-ir-as-ruas-nesta-quinta-30-e-parar-no-dia-14-na-greve-geral/

Economista explica como a Argentina ajudou a derrubar o comércio exterior do Brasil


Contêineres no porto de águas profundas de Yangshan, parte da Zona Franca de Xangai.

© REUTERS / Aly Song


A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reportou que o Brasil teve a 3ª maior queda no comércio exterior entre países do G20 no 1º trimestre - queda de US$ 6,9 bilhões em relação ao trimestre anterior. Para explicar as razões dessa queda, a Sputnik Brasil ouviu o economista-chefe da Confederação Nacional de Comércio (CNC).

O levantamento divulgado pela OCDE mostra que o Brasil teve queda no comércio exterior inferior apenas às de Coreia do Sul e Indonésia. As exportações brasileiras neste primeiro trimestre ficaram em US$ 58,6 bilhões.

Presidente da Argentina, Mauricio Macri, e o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, em Brasília.

© AP Photo / Eraldo Peres

Argentina em crise diminui 43,8% as importações do Brasil

Em 2018, o quarto trimestre registrou um saldo de US$ 62,6 bilhões. Já as importações ficaram em US$ 42,4 bilhões, e eram de US$ 45,2 bilhões no trimestre anterior, conforme os números da OCDE.

A queda no comércio brasileiro, no entanto, não é exatamente uma surpresa. É o que diz Fábio Bentes, economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio, em entrevista à Sputnik Brasil.

O economista ressalta que o mundo vive hoje um contexto de guerra comercial entre Estados Unidos e China, o que estaria afetando o comércio "de uma forma global".

"As principais economias, essas do G20, a maior parte delas, principalmente economias asiáticas e a economia alemã, tendem a ser as mais afetadas, na medida em que nessas economias o comércio exterior tende a ser mais preponderante", ressalta.

Bentes explica, porém, que o fator que afetou mais a economia brasileira estaria na verdade bem mais perto.

"O problema são as exportações para a Argentina. O nosso vizinho aqui da América do Sul passa por uma crise muito severa e isso acaba fazendo com que a demanda por produtos brasileiros caia mais do que cairia em uma situação de normalidade", diz o economista.

Departamento do Tesouro dos EUA em Washington

© AP Photo / Jacquelyn Martin

Estados Unidos aplicam sanções contra empresa farmacêutica da Argentina

Bentes também expõe que as exportações brasileiras com os principais atores da guerra comercial, China e Estados Unidos, vão muito bem e cresceram nos primeiros meses de 2019.

Já os números com a Argentina, o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, atrás de China e EUA, não são tão animadores. Dados divulgados pelo governo argentino na semana passada mostram que a queda nas exportações brasileiras para a Argentina foi de 43,8% nos primeiros quatro meses de 2019, em relação ao mesmo período do ano passado.

A queda, segundo Bentes, é generalizada e não está localizada em uma indústria específica.

"[No] principal produto de exportação do Brasil para a Argentina, que são automóveis, [as exportações] caíram 54%, mais do que a metade, [agora é] menos da metade do que era um ano atrás", observa o economista Fábio Bentes que também cita a queda de 39% nas exportações de autopeças, de 33% em outros produtos manufaturados e 77% em veículos de carga.

Bentes também explica que a volta da retração econômica, que já é esperada entre economistas, é outro fator para a queda do comércio brasileiro. No entanto, essa questão afetaria mais as importações.

Para o economista, o principal problema a ser sanado, além da alta do dólar, para melhorar as exportações brasileiras seria o das contas internas. E para tal, Bentes ressalta a necessidade de reformas econômicas e taxas de juros menores.

No cenário externo, o economista acredita que a principal medida a ser tomada seja a diversificação de parceiros comerciais.

"A gente tem tanto uma saída externa através da diversificação de parceiros como uma alternativa interessante, mas tem, principalmente, que arrumar a casa aqui internamente, principalmente no que se refere às contas públicas do país", conclui.

Fonte: https://br.sputniknews.com/brasil/2019052913966773-argentina-brasil-comercio-g2-ocde/

terça-feira, 28 de maio de 2019

Justiça de SP bloqueia R$ 128 mi de Aécio e R$ 20 mi de Cristiane Brasil


REUTERS/Ueslei Marcelino

247 - A Justiça Federal de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 128 milhões do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG). A decisão foi do juiz da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, João Batista Gonçalves, que atendeu a um pedido da Polícia Federal feito em dezembro passado, informa reportagem do Globo.

Aécio é acusado, no âmbito da operação Ross, de receber pagamentos de propina pelo grupo J&F em troca de favorecer as empresas do grupo caso ele tivesse sido eleito presidente da República em 2014, quando perdeu para Dilma Rousseff, que foi reeleita pelo PT.

A PF alega que Aécio usou os recursos ilícitos para comprar apoio de outros partidos, como o PTB. Por isso, a decisão também alcançou a ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) e o ex-deputado federal Benito Gama (PTB-BA), que tiveram R$ 20 milhões bloqueados cada.

Fonte: https://www.brasil247.com/pt/247/poder/394871/Justi%C3%A7a-de-SP-bloqueia-R$-128-mi-de-A%C3%A9cio-e-R$-20-mi-de-Cristiane-Brasil.htm

Estudo mostra que Capitalização fracassou em 60% dos países que mudaram Previdência


REUTERS/Adriano Machado

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O sistema de capitalização, que é um dos aspectos mais perversos da reforma da Previdência proposta por Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, fracassou em 60% dos países que o adotaram, segundo estudo da OIT - Organização Internacional do Trabalho

28 de Maio de 2019 às 06:32

247 - O sistema de capitalização, que é um dos aspectos mais perversos da reforma da Previdência proposta por Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, fracassou em 60% dos países que o adotaram, segundo estudo da OIT - Organização Internacional do Trabalho.

O sistema de capitalização liquida o princípio da solidariedade entre os trabalhadores. Na capitalização, o trabalhador faz a própria poupança para sua aposentadoria.

Reportagem do UOL mostra que entre 1981 e 2014, 30 países modificaram seu para adotá-la. Até o ano passado, 18 desses países já haviam feito uma nova reforma, revertendo ao menos em parte as mudanças.

"Com 60% dos países que privatizaram aposentadorias públicas obrigatórias tendo revertido a privatização, e com evidências acumuladas de impactos sociais e econômicos negativos, é possível afirmar que o experimento fracassou", afirma o estudo publicado no UOL.

Fonte: https://www.brasil247.com/pt/247/economia/394788/Estudo-mostra-que-Capitaliza%C3%A7%C3%A3o-fracassou-em-60-dos-pa%C3%ADses-que-mudaram-Previd%C3%AAncia.htm

Bolsonaro é o racista-chefe da Ku Klux Klan e do 'lixo branco' brasileiro

 José Cruz/Agência Brasil

Não se entende o Brasil sem compreender a função do racismo "racial" entre nós. Não existe preconceito mais importante entre nós, já que ele tem o poder de definir e articular as relações entre todas as classes sociais no nosso país. É este preconceito que comanda a continuidade da escravidão com outros meios. Como esse mecanismo funciona na realidade cotidiana? Minha tese é a de que a escravidão, tanto no seu sentido econômico de exploração do trabalho alheio como no seu sentido moral e político de produção de distinções sociais, se manteve "na prática" inalterado desde a abolição da escravatura.

Fundamental para compreender este estado de coisas é a função que o ex-escravo abandonado e humilhado vai ter na sociedade pós-escravocrata. O ex-escravo é afastado do mercado de trabalho competitivo e passa a desempenhar as mesmas funções humilhantes e indignas que exercia antes. Seja tanto as funções de trabalho sujo, pesado e perigoso, para os homens, quanto as funções domésticas do antigo "escravo doméstico", para as mulheres, as quais reproduzem todas as vicissitudes da antiga relação senhor/escravo. Faz parte do âmago desta relação não só a exploração do trabalho vendido a preço vil, mas também a humilhação cotidiana transformada em prazer sádico para o gozo frequente e para a sensação de superioridade e a "distinção social" das classes média e alta.

Mas isso tudo não é nem sequer o principal. Os negros na base da pirâmide social brasileira sempre desempenharam uma função semelhante à casta dos intocáveis na Índia. Como nota Max Weber no seu estudo clássico sobre o hinduísmo, os intocáveis possuem a função de legitimar toda a ordem social hindu na medida em que todas as outras castas, mesmo as inferiores, são distinguidas positivamente em relação aos intocáveis.

Como a "distinção social", ou seja, a sensação de se saber "superior" a outros é tão importante na vida social quanto o dinheiro e a necessidade econômica, isso significa que uma classe social na qual todos podem pisar, humilhar, violar, agredir, e, no limite, assassinar sem temer consequências satisfaz, a uma necessidade primitiva fundamental a todas as classes acima dela. É óbvio que uma sociedade deste tipo não é apenas desumana, desigual, primitiva e tosca, mas também, na pior das hipóteses, burra, já que reproduzir a exclusão social produz insegurança, pobreza e instabilidade social para todos. Entretanto, este é o DNA da sociedade brasileira.

É importante notar que, paralelamente à condenação do negro à exclusão, o país passa a implementar a política abertamente racista da importação de imigrantes europeus brancos, na imensa maioria italianos, precisamente como no caso da família do excelentíssimo presidente Jair Bolsonaro. Uma parte considerável destes "neobrasileiros" ascende rapidamente, alguns inclusive à elite de proprietários e de novos industriais, mas boa parte irá constituir a classe média branca de grandes cidades como São Paulo. Nas outras grandes cidades brasileiras, como Rio de Janeiro e Recife, os portugueses exerceriam o mesmo papel do italiano em São Paulo.

O imigrante branco, na maioria o italiano ou o português, irá constituir no Brasil, ao mesmo tempo em aliança e a serviço da elite de proprietários, uma espécie de "bolsão racista e classista" contra os negros e pobres que constituem a maior parte do povo. Para a elite, isso significa a oportunidade de criminalizar e estigmatizar a soberania popular no nascedouro com a cumplicidade das classes médias e garantir só para si o orçamento do Estado via juros escorchantes, "dívida pública", sonegação de impostos e outros assaltos legalizados. Para as outras classes, o preconceito universal contra o negro e ex-escravo permite a construção de uma frente comum para a manutenção de uma distinção social positiva contra os negros, o que eterniza o abandono, a humilhação, e o genocídio desta raça/classe como política pública informal.

Mais interessante ainda para nossos propósitos aqui é a função do racismo contra o negro para os imigrantes que não lograram sucesso econômico na nova terra. Muitos imigrantes não conseguiram ascender à classe média verdadeira nem à elite. Boa parte vai constituir uma zona cinza que inclui a classe trabalhadora precária e o que poderíamos chamar de "baixa classe média". O cotidiano de muitos destes não difere muito da vida do negro e do pobre brasileiro. Moram eventualmente no mesmo bairro e passam privações materiais. É precisamente nesta faixa social que o preconceito de raça é ainda mais importante. Afinal, a única distinção que este pessoal tem na vida é a "brancura" da cor da pele para exibir contra o negro.

Entrevistando pessoas desta classe social no interior de São Paulo descendentes de italianos, como Bolsonaro, e alguns que inclusive moram onde ele nasceu para meu livro "A classe média no espelho", notei um racismo que não tem nada de cordial. Bolsonaro é filho da baixa classe média de imigrantes para os quais a carreira no exército ou na polícia era a promessa de ascensão segura ainda que limitada. Neste contexto, não se casar com um negro ou com uma negra é a regra familiar mais importante e mais rígida. Aqui, o preconceito puro, o orgulho da cor da pele e da origem é a única distinção social positiva ao alcance. Se a elite e a classe média exploram economicamente – além de humilhar – os negros, aqui só se pode humilhar. Enfatizar uma distância social quase inexistente do ponto de vista econômico exige um racismo "racial" turbinado e levado às últimas consequências.

Este é também precisamente o caso do "lixo branco" norte-americano que ajudou a eleger Trump, o objeto do desejo e de imitação de Bolsonaro. Os brancos do Sul dos EUA, inferiores social e economicamente aos brancos do Norte, são, por conta disso, como uma espécie de "compensação" da riqueza inexistente, os racistas mais ferozes e ativistas de uma "Ku Klux Klan" que assassinava e linchava negros indiscriminadamente. Este é o caso de Bolsonaro e de seus seguidores no Brasil. E o que é a "milícia" carioca, com a qual Bolsonaro e seus filhos estão envolvidos até o pescoço, se não a Ku Klux Klan brasileira, que existe para explorar e matar negros e pobres, os supostos "bandidos" das favelas?

Embora a elite e a classe média real e canalha também tenham votado nele, sua real base de apoio é o "lixo branco" brasileiro, próximo do negro e por conta disso ávido por criminalizá-lo, estigmatizá-lo como bandido e por assassiná-lo impunemente. A associação com a milícia, a tara pelas armas e o discurso de ódio são para matar o preto e o pobre. O que está por trás de Bolsonaro é racismo "racial" mais cruel e expresso do modo mais aberto e canalha que se viu. O ódio à universidade pública está também ligado ao fato desta, agora, ter sido "invadida" por negros e pobres. Essa gente não estaria lá para estudar. Só poderia ser para fazer balbúrdia. Urge cortar as verbas para isso.

A irracionalidade de Bolsonaro, sua loucura e sua idiotice são a expressão perfeita do ódio racial brasileiro. O ódio que não se explica racionalmente, nem apenas por motivos puramente econômicos. O ódio do racista que se vê como fracasso social é um ódio de morte. Ele não compreende as razões de sua posição social e só tem ressentimento sem direção na alma e no coração. Ódio em estado puro que Bolsonaro expressa e exprime como ninguém. Bolsonaro é o líder da Ku Klux Klan e do "lixo branco" brasileiro. É isso que o define e o explica mais que qualquer outra coisa.

Fonte: https://www.brasil247.com/pt/colunistas/jessesouza/394791/Bolsonaro-%C3%A9-o-racista-chefe-da-Ku-Klux-Klan-e-do-'lixo-branco'-brasileiro.htm

segunda-feira, 27 de maio de 2019

Essa marvada pinga rss...


26 de maio de 2019

Rússia apronta ataque ao sistema de radar da Noruega depois de aviadores nucleares dos EUA terem descoberto pingaiadas em seu  dever

Um novo relatório do Ministério da Defesa (MoD) que circula no Kremlin hoje afirma que 48 horas após a Rússia ter avisado que estava se preparando para "tomar medidas" contra a instalação de radar norueguesa sendo rapidamente expandida no Ártico a apenas 50 quilômetros da fronteira na manhã de hoje, o presidente Putin autorizou seu alvejamento e destruição com base no ataque simulado de fevereiro de 2018 praticado por aviões de caça russos - um ataque e destruição considerados vitais para a segurança nacional depois que foi revelado que os pilotos da Força Aérea dos EUA tinham 150 homens LGM. Os mísseis balísticos intercontinentais nucleares 30G Minuteman III apontados para a Rússia (um dos três campos do ICBM que compõem uma perna da tríade de dissuasão nuclear dos Estados Unidos) foram descobertos alguns  bêbados enchendo a cara , para o qual não foram imediatamente demitidos, mas recebemos advertências por escrito - quase impossível contemplar a punição quando vistas sob a luz de que a destruição nuclear que elas têm em seus dedos bêbados O grupo de batalha USS Theodore Roosevelt (CVN-71) tornou-se o primeiro em uma década a aproximar-se das águas territoriais russas no Ártico - e cujo verdadeiro propósito de estar lá será sua tentativa de desafiar os novos territórios russos. ordem ordenada para limitar os navios de guerra que atravessam a Passagem Nordeste - mas que as Forças Militares Russas não permitirão que eles façam. [Nota: Algumas palavras e / ou frases que aparecem entre aspas neste relatório são aproximações em inglês de palavras / frases em russo que não possuem uma correspondência exata.]

O Serviço de Inteligência norueguês lança o gráfico (acima) do ataque simulado de fevereiro de 2018 por aviões de caça russos…

… Na instalação de radar Globus II localizada em Vardø-Noruega (acima) a apenas 50 quilômetros da fronteira russa.



De acordo com este relatório, por mais de 500 anos, os exploradores procuraram uma passagem pelo Ártico ligado ao gelo - as duas únicas rotas que são chamadas de Passagem do Noroeste, a rota marítima para o Oceano Pacífico através do Oceano Ártico, ao longo do norte costa da América do Norte através de vias navegáveis ​​através do Arquipélago Ártico Canadense - e a Passagem Nordeste, que é a distância marítima mais curta entre a Europa e a Ásia Oriental cuja rota para o Oceano Pacífico corre ao longo das costas do Oceano Ártico da Noruega e Rússia.


Nas últimas duas décadas, este relatório observa, nações ocidentais lideradas pelos Estados Unidos não fizeram praticamente nada para abrir a Passagem do Noroeste, cujas águas do Ártico estão se tornando menos geladas por ano - ao contrário da Rússia que construiu o maior frota de quebra de gelo movida a energia nuclear na história para abrir a Passagem do Nordeste - e que agora se juntaram ao quebra-gelo nuclear de última geração “Ural” apenas flutuou em São Petersburgo.

O quebra-gelo nuclear “Ural” de última geração russo (acima) se junta à maior frota de quebra de gelo da história…

… Para abrir a Passagem Nordeste (linha azul) para o transporte marítimo global, tendo agora que usar a perigosa rota do Canal de Suez (linha vermelha).

Em agosto de 2018, detalhes deste relatório, o enorme esforço histórico da Rússia para abrir a Passagem Nordeste para o transporte marítimo global teve sucesso quando o navio de carga chamado “Venta Maersk” se tornou o primeiro navio porta-contêiner a navegar em um grande mar Ártico em sua viagem da Ásia para Europa - uma façanha que todos acreditariam no mundo - mas que se equivocaria ao invés de celebrar, o Ocidente começou a planejar a guerra contra a Rússia para tomar a Passagem do Nordeste por si mesma - e como seria de se esperar desses ocidentais, que por séculos tem saqueado por todo o mundo, saqueando tudo que podem de nações incapazes de se defender.

Sabendo que esses ocidentais fariam guerra para tentar roubar a Passagem do Nordeste, já que consideravam essa uma opção mais barata do que construir sua própria frota de quebra-gelo movida a energia nuclear, custando centenas de bilhões de dólares, o relatório continua, a Rússia começou a expandir o poder militar no Ártico - uma expansão militar criticada pelo Ocidente -, mas cuja lógica ao fazer isso não faz sentido, já que as forças armadas russas operam apenas dentro dos limites da própria nação - que as nações ocidentais não têm mais direito de criticar do que a Rússia. expandiu suas próprias defesas dentro de suas próprias fronteiras.

Com o Ocidente nunca tendo sido acusado por ninguém de usar a lógica para guiá-los em sua interminável série de guerras fracassadas, entretanto, este relatório observa ainda que, no mês passado, a OTAN apressou centenas de tropas de seus países membros e parceiros. França, Noruega, Finlândia e Suécia) ao Ártico - onde se juntaram a soldados canadenses, reservistas e guardas florestais em exercícios de guerra que pretendiam ajudar as forças da aliança a se adaptarem à Rússia em climas extremamente frios - provocações contra a Rússia unidas pela Grã-Bretanha. estavam embarcando em um plano de 10 anos para enviar um número recorde de tropas ao Ártico - o Pentágono anunciando que uma nova estratégia do Ártico estava sendo elaborada, e o USS Harry S. Truman se tornando o primeiro porta-aviões americano dentro do Círculo Polar Ártico desde o colapso também da União Soviética - todas as ordens de marcha são, aparentemente, guiadas pelo secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, que começou a fazer declarações belicosas de propaganda de guerra como “só porque o Ártico é um lugar de deserto não significa que ele deva se tornar um lugar de ilegalidade” e “essas ações provocativas fazem parte de um padrão de comportamento russo agressivo no Ártico” - mas em ambas as quais ele não consegue Explicar exatamente como a Rússia está sendo "agressiva" e "sem lei" por defender sua própria nação e rotas marítimas em seu próprio território - o que, de fato, é o que todas as nações do mundo fazem.

As nações ocidentais entram em erupção na histeria da guerra depois de saberem que a Rússia está se preparando para defender a Passagem do Nordeste de ser roubada por eles.



O fato de não ser dito aos povos dessas nações ocidentais, cujos líderes guerreiros tentam roubar a Passagem Nordeste, conclui o relatório, é que a doutrina da guerra russa contra as forças militares dos Estados Unidos e da OTAN não inclui estratégias para batalhas em larga escala. - com a eclosão da guerra, as forças militares russas simplesmente lançariam mísseis nucleares de ataque contra todas as bases e forças dos EUA-OTAN, depois sentariam e veriam se o Ocidente queria que suas cidades fossem destruídas também - uma doutrina militar melhor declarada como permitindo “O uso de armas nucleares como meio de dissuasão de uma agressão” - e foi o que permitiu que a Rússia cortasse seu orçamento de defesa no ano passado em mais de décadas - já que tem armas nucleares suficientes para destruir todo o Ocidente, bem como ter abrigos de bomba nuclear totalmente equipados e abastecidos para proteger todos os seus cidadãos.

WhatDoesItMean.Com.

Fonte: https://undhorizontenews2.blogspot.com/

Fernando Bittar é o dono do sítio de Atibaia e o autoriza a vendê-lo


Gabriela Coelho, do Conjur - Com parecer favorável do Ministério Público Federal, a Justiça Federal autorizou, nesta segunda-feira (27/5), a realização de avaliação judicial para venda do sítio Santa Bárbara, em Atibaia, atendendo a um pedido do empresário Fernando Bittar, que é o dono formal da propriedade. Na "lava jato", o ex-presidente Lula foi considerado o dono de fato do sítio, e condenado, por isso, a 12 anos e 11 meses de prisão.

No parecer do MPF, do dia 13 de maio, os procuradores dizem que não haverá prejuízo com a venda, mesmo que o imóvel já tenha sido confiscado pela Justiça. Para os procuradores, a negociação pode evitar prejuízos porque, quando ocorrer o trânsito em julgado do sentença (fim das possibilidades de recursos), "é muito possível que o bem se encontre em estado de deterioração, já que não está sendo habitado ou frequentado pelos proprietários formais".

O MPF ainda diz que o imóvel deve passar por uma perícia judicial e a venda deve ser realizada pelo valor mínimo indicado. Acrescenta que a proposta de compra teria que ser apresentada ao juiz Luiz Antonio Bonat, da 13ª Vara Federal do Paraná. No parecer, o MPF ainda se diz favorável a que os valores decorrentes da venda sejam depositados em conta judicial.

Processo

Neste processo, o ex-presidente Lula foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Fernando Bittar, o dono do sítio, também foi condenado no mesmo processo. Ele pegou pena de três anos por lavagem de dinheiro. Lula, de 12 anos e 11 meses.

A decisão foi assinada pela juíza Gabriela Hardt, para quem, embora o sítio não fosse do ex-presidente, era usado por ele e foi reformado para ele, tudo com base na delação premiada do ex-presidente da OAS Leo Pinheiro.

Fonte: https://www.brasil247.com/pt/247/sudeste/394764/Justi%C3%A7a-reconhece-que-Fernando-Bittar-%C3%A9-o-dono-do-s%C3%ADtio-de-Atibaia-e-o-autoriza-a-vend%C3%AA-lo.htm

Capitão vai à guerra nas ruas e perde de goleada: foi 7 a 1 para democracia

.. Reprodução/TV Globo

Por Ricardo Kotscho, no Balaio do Kotscho e para o Jornalistas pela Democracia

Bolsonaro resolveu medir forças com o Brasil civilizado, que defende a Educação e a democracia, e perdeu de goleada.

Por mais que a Globo quisesse ajudar, os "protestos a favor" do governo, do pacote de Sergio Moro e da reforma da Previdência, foram um fracasso de público e de crítica, uma repetição dos 7 a 1 do Mineirão de triste lembrança.

Na hora marcada para as manifestações, havia pouca gente nas ruas e, por mais que os repórteres e cinegrafistas se esforçassem, o fracasso era evidente.

(Conheça e apoie o projeto Jornalistas pela Democracia)

Em comparação com as grandes manifestações populares do dia 15 de maio, com as multidões que foram às ruas contra o governo, viu-se neste domingo um desfile deprimente de camisas amarelas da CBF, paneleiras loiras e marombados de óculos escuros, com ataques às instituições e baixarias.

Ao longo do dia, com as engajadas transmissões ao vivo das televisões para chamar a população às ruas, como fizeram nas manifestações pró-impeachment de Dilma, as imagens começaram a mostrar mais gente caminhando atrás de carros de som, mas deixando um vazio entre eles, numa cacofonia de discursos gritados em que não se entendia nada.

Nos estúdios refrigerados da Globo News, pontificava o comentarista Valdo Cruz, que fazia sua campanha particular em defesa da reforma da Previdência e do pacote anti-crime de Sergio Moro, como se fosse porta-voz do governo e da emissora, quaisquer que fossem os sons e imagens das ruas.

(Conheça e apoie o projeto Jornalistas pela Democracia)

Em diferentes pontos do país, repórteres declamavam o mesmo script global em favor das reformas e do governo.

Alguma coisa mudou depois do encontro da direção da Globo com o capitão presidente na última semana, no Palácio do Planalto.

Longe dali, num culto evangélico em Jacarepaguá, Bolsonaro orava e não parava de postar vídeos nas redes sociais, mostrando as "manifestações espontâneas", com mensagens patrióticas para mobilizar sua tropa.

Às cinco da tarde, a micareta fascista já estava no fim. Até os repórteres globais já desanimavam de narrar as manifestações, mas continuavam repetindo os mesmos bordões.

Quinta-feira, o povo volta às ruas. Contra o governo.~

Fonte: https://www.brasil247.com/pt/colunistas/ricardokotscho/394655/Capit%C3%A3o-vai-%C3%A0-guerra-nas-ruas-e-perde-de-goleada-foi-7-a-1-para-democracia.htm

Haddad: mídia não condena fascistas e suas bandeiras contra democracia


247 - O ex-prefeito de São Paulo e ex-candidato a presidente, Fernando Haddad (PT-SP), criticou o tom que a grande mídia usou na cobertura dos atos em defesa de Jair Bolsonaro, ocorridos neste domingo (26). Em sua visão, o elemento fascista do ato foi encoberto pela imprensa. "O que preocupa é que os grandes grupos de comunicação não emitiram sinais inequívocos de compromisso com a democracia", disse ele.

SOBRE ONTEM: o que preocupa é que os grandes grupos de comunicação não emitiram sinais inequívocos de compromisso com a democracia. Que trabalhadores e estudantes saibamos fazer a leitura deste momento crucial da nossa história. #30


Fernando Haddad

@Haddad_Fernando

SOBRE ONTEM: o que preocupa é que os grandes grupos de comunicação não emitiram sinais inequívocos de compromisso com a democracia. Que trabalhadores e estudantes saibamos fazer a leitura deste momento crucial da nossa história. #30

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10:25 - 27 de mai de 2019

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Haddad completou sua análise chamando a consciência dos setores progressistas: "Que trabalhadores e estudantes saibamos fazer a leitura deste momento crucial da nossa história. #30".

Ainda comentando sobre as manifestações, Haddad replicou em sua página do Twitter uma postagem do Portal Sensacionalista, página que usa do humor para comentar os principais fatos políticos do País.


Ver imagem no Twitter

Sensacionalista

@sensacionalista

Apesar de ter dito que não ia às manifestações, o presidente Jair Bolsonaro não cumpriu a promessa e ainda levou um eleitor

Fonte: https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/394701/Haddad-m%C3%ADdia-n%C3%A3o-condena-fascistas-e-suas-bandeiras-contra-democracia.htm

Popularidade de Bolsonaro com investidores despenca de 86% para 14%


Ueslei Marcelino - Reuters

Infomoney - Com menos de cinco meses de governo, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) experimenta uma profunda reversão na avaliação da sua gestão entre investidores do mercado financeiro. O movimento é mais agudo do que o observado na população em geral. É o que mostra sondagem feita pela XP Investimentos com profissionais do setor.

Segundo o levantamento, feito entre os dias 22 e 24 de maio (antes, portanto, das manifestações de domingo), a percepção ótima ou boa do governo do pesselista saiu de 86% em janeiro para atuais 14%. No sentido oposto, o nível de ruim ou péssimo saltou de 1% para 43% no mesmo intervalo. Já as avaliações regulares foram de 13% a 43%, tendo alcançado o pico de 48% no mês passado.

A sondagem ouviu 79 investidores institucionais, entre gestores de recursos, economistas e consultores de grupos nacionais e estrangeiros. Os resultados não refletem a opinião da XP Investimentos.

A deterioração da imagem do governo junto ao mercado foi muito mais rápida e intensa do que a observada nas pesquisas de avaliação junto à população em geral, embora estas tenham mostrado, pela primeira vez, um empate técnico entre aprovação e reprovação da gestão, com as impressões negativas numericamente à frente.

A sondagem com os investidores mostra, ainda, uma convergência entre o otimismo e o pessimismo com relação ao futuro do governo Bolsonaro. Hoje, 27% dos entrevistados esperam uma gestão ótima ou boa, contra 23% que apostam em uma administração ruim ou péssima. Em janeiro, a fotografia mostrava 83% de projeções positivas e apenas 4% negativas. No, o grupo dos que apostam em um governo mediano cresceu de 14% para 51%.

Ponto para o "centrão"

Se para parcela do público bolsonarista a cruzada do presidente contra o que ele chama de "práticas tradicionais" pode surtir efeito positivo, o resultado parece diverso entre os investidores.

A partir da série histórica do levantamento, observa-se que a recente piora nas relações entre o presidente e os parlamentares coincide com dois movimentos: a explosão em sua avaliação negativa e uma significativa melhora na percepção dos investidores sobre o Congresso Nacional.

Segundo a sondagem, o nível ótimo e bom do parlamento chegou a 32% entre agentes do mercado financeiro. É a maior marca registrada desde o fim das eleições. Já as avaliações negativas ficaram em 25%, 7 pontos percentuais acima da melhor marca, mas 15 p.p. abaixo do percentual registrado em abril.

O choque entre os poderes, na avaliação da maioria dos investidores consultados, porém, é uma tendência da atual gestão. De acordo com o levantamento, apenas 13% acreditam que o relacionamento entre presidente e parlamento irá melhorar. Já 71% apostam na manutenção do quadro atual, enquanto 16% veem espaço para piora.

A Previdência vai bem

Do ponto de vista da agenda econômica, a melhora na percepção dos investidores sobre os parlamentares pode ter ajudado na manutenção do otimismo em relação à aprovação da reforma da Previdência, mesmo em um mês marcado por turbulências políticas.

O levantamento mostra que 80% dos respondentes apostam que a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que propõe mudanças no sistema de aposentadorias seja aprovada no parlamento ainda neste ano. O percentual é o mesmo dos últimos dois meses, quando a avaliação de Bolsonaro entre os investidores era muito melhor.

Apesar dos tropeços na tramitação da proposta, a média das apostas dos investidores consultados aponta para uma reforma com impacto fiscal de R$ 700 bilhões em dez anos.

O número, abaixo do piso mínimo indicado pelo ministro Paulo Guedes (Economia) para a introdução de um regime de capitalização, é o mesmo do apontado nos últimos dois meses, apesar de o governo ter elevado a projeção de economia de R$ 1,165 trilhão para R$ 1,237 trilhão para o texto originalmente encaminhado ao parlamento.

Segundo o levantamento, as expectativas majoritárias dos investidores são de que a PEC seja aprovada em comissão especial da Câmara dos Deputados entre junho e julho e seja votada em primeiro turno no plenário da casa apenas na volta do recesso parlamentar – ou seja, a partir de agosto. Mesmo assim, a expectativa é que o Senado Federal decida sobre a matéria até o último trimestre do ano.

Fonte: https://www.brasil247.com/pt/247/poder/394693/Popularidade-de-Bolsonaro-com-investidores-despenca-de-86-para-14.htm

Golpe expulsa empresas multinacionais do Brasil

 

Reuters | Abr

247 - O fracasso da política econômica recessiva do golpe de 2015-16, amplificado por sua radicalização no governo Bolsonaro tem levado grandes empresas multinacionais a deixarem o Brasil; Algumas das grandes companhias que fecharam ou vão fechar as portas no país são: os laboratórios Eli Lilly e Roche, Ford Caminhões, cervejaria Brasil Kirin, Nikon, Glovo, Kiehl's e Lush.

Em meio ao desalento da economia, pesquisa da XP Investimentos aponta que a percepção positiva do governo Jair Bolsonaro entre investidores milionários despencou de 86% em janeiro para 14% em maio, enquanto a avaliação negativa saltou de 1% para 43% no mesmo período (leia no Brasil 247).

A falta de uma política econômica que sinalize para uma retomada do crescimento em médio e longo prazo são apontados como algumas das razões para que as grandes multinacionais encerrem suas atividades ou passem atuar apenas com a distribuição de produtos importados. Segundo o portal G1, um levantamento da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), aponta que o Investimento Estrangeiro Direto (IED) no Brasil caiu 12% em 2018, para US$ 59 bilhões, fazendo com que o Brasil caísse da 4ª para a 9ª posição entre os principais destinos destes investimentos. Em 2011, primeiro ano do governo Dilma Rousseff do poder, o IED no Brasil chegou a US$ 96 bilhões.

Um outro estudo, elaborada pela consultoria A.T.Kearney ressalta que o Brasil deixou de integrar o ranking do 25 países mais confiáveis para receber investimentos internacionais (leia no Brasil 247).  Para o Banco Central, contudo, que utiliza uma outra metodologia, os investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 21,1 bilhões no 1º trimestre deste ano, ficando no mesmo patamar registrado em 2018, cerca de US$ 20,9 bilhões).

De acordo com a consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC), as fusões e aquisições lideradas por estrangeiros também estão em queda. Entre janeiro e abril teriam sido registradas 228 operações de compras de controle ou de participação em empresas no Brasil, sendo que apenas 30% tiveram investimentos estrangeiros. No mesmo período de 2015, os investidores estrangeiros adquiriram 126 empresas no Brasil, ficando com 53% dos negócios do gênero.

Fonte: https://www.brasil247.com/pt/247/economia/394699/Golpe-expulsa-empresas-multinacionais-do-Brasil.htm

domingo, 26 de maio de 2019

Marcha da Maconha junta mais manifestantes que atos pró-Bolsonaro

Publicado por

Kiko Nogueira

 

Os protestos pró-Bolsonaro deste domingo, dia 26, se mostraram um mico.

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Nas maiores cidades do Brasil, juntaram uma multidinha irrelevante.

Em Brasília, havia 2 mil pessoas. No Rio, os buracos em meio às aglomerações de pessoas denunciavam o fracasso.

Em Belo Horizonte e Fortaleza, a Marcha da Maconha juntou mais gente:

A Marcha da Maconha em BH (acima) e o ato pró-Bolsonaro um dia depois

Marcha da Maconha em Brasília e, abaixo, protesto pró-Bolsonaro no domingo, 26

Marcha da Maconha em Fortaleza um dia antes do ato pró-Bolsonaro (abaixo)

Embedded video 

Cocadinha de sal @DeCocadinha

O Nordeste é Brasil, Brasil é o Nordeste !
Praça Portugal. Fortaleza. #BrasilNasRuas

1,149

10:44 AM - May 26, 2019

Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/marcha-da-maconha-junta-mais-manifestantes-que-atos-pro-bolsonaro/

Investigação do Ministério Público sobre Flávio Bolsonaro atinge 37 imóveis


REUTERS/Adriano Machado

247 - A investigação sobre atividades suspeitas do senador Flávio Bolsonaro quando era deputado estadual no Rio de Janeiro atinge 37 imóveis. São 14 apartamentos e 23 salas comerciais em Copacabana, Botafogo, Barra da Tijuca e Jacarepaguá supostamente ligados ao filho do presidente, demais membros de sua família e a empresa Bolsontini Chocolates e Café.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo: "No pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal de Flávio e outras 94 pessoas e empresas, de 15 de abril, o Ministério Público afirmava já ter reunido informações de que ele investira R$ 9,4 milhões na aquisição de 19 imóveis"

O documento do Ministério Pùblico estadual sobre os imóveis é assinado por três promotores. A apuração sobre o patrimômio do filho do presidente da República é uma importante linha de investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro no escândalo dos pagamentos irregulares detectados no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro e das movimentações bancárias atípicas nas contas de seu ex-assessor Fabrício Queiroz, aponta a reportagem.

Fonte: https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/394628/Investiga%C3%A7%C3%A3o-do-Minist%C3%A9rio-P%C3%BAblico-sobre-Fl%C3%A1vio-Bolsonaro-atinge-37-im%C3%B3veis.htm

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Manifestantes querem Moro fora de evento em Portugal


Rovena Rosa/Agência Brasil

247 - Os portugueses estão se mobilizando para cancelar a participação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, nas tradicionais Conferências do Estoril, em Cascais, Portugal, que acontecem no próximo dia 28.

Em petição na internet, portugueses lembram que Moro tem sido duramente criticado pela forma como lidou com o julgamento do ex-presidente Lula. "Mesmo que as suas ações possam ser duvidosas, ele foi aceite como membro de um governo dos opositores de Lula, o que é muito estranho, para dizer o menos", escreve Pedro Teles na publicação, um dos organizadores do protesto.

"Ao aceitar que Sérgio Moro fale neste conferência, está-se a compactuar as suas ações e do seu governo", conclui Pedro Teles. Até o início da noite desta quinta-feira (23), o abaixo-assinado, publicado na plataforma Change.org, contava com 621 assinaturas.

No Facebook, há também um evento que protesta conta a participação do ex-juiz da Lava Jato. "Em 28 de maio de 1926, o fascismo instalava-se em Portugal. Em 28 de maio de 2019, receberemos o fascista brasileiro mostrando-lhe que não é bem vindo. Fascismo nunca mais, nem em Portugal nem no Brasil", lê-se no evento

As Conferências do Estoril são organizadas pela sociedade neoliberal portuguesa, conquistando repercussão no meio internacional. Neste ano, além de Sérgio Moro, figuram entre os convidados José Manuel Barroso, ex-presidente da Comissão Europeia e atual consultor da Goldman Sachs.

Em edições anteriores, as Conferências receberam a participação Francis Fukuyama, autor de Fim da História, Lech Walesa, antigo sindicalista que se tornou presidente da Polónia e implantou no seu país a doutrina do choque neoliberal, Niall Ferguson, historiador econômico neoliberal, e Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria conhecido por suas posições autoritárias.

Fonte: https://www.brasil247.com/pt/247/mundo/394413/Manifestantes-querem-Moro-fora-de-evento-em-Portugal.htm

Por mais tropas contra o Irã


O Pentágono pede a  Trump para enviar milhares de soldados dos para o Oriente Médio enquanto as tensões com o Irã continuam a crescer

    Michael Snyder
    Economic Collapse

    23 de maio de 2019

    Quanto mais passos dermos para uma guerra com o Irã, mais provável será que alguém faça algo realmente estúpido que realmente desencadeie um.

    Ao cortar as exportações de petróleo do Irã, estamos ameaçando destruir completamente sua economia, e neste momento eles se sentem encurralados. E os iranianos já observaram os EUA invadirem dois países com os quais compartilham uma fronteira (Afeganistão e Iraque), e é compreensível que eles sejam um pouco paranóicos com o que poderia acontecer com eles também. O presidente Trump continua dizendo que não quer uma guerra com o Irã, mas os iranianos não acreditam em uma única palavra que qualquer político dos EUA diga. Em vez disso, eles observam o que realmente fazemos muito de perto, e o fato de que o Pentágono quer implantar milhares de novas tropas no Oriente Médio definitivamente vai assustá-los. A seguir vem da Fox News…

    O Pentágono deve solicitar que milhares de outras tropas dos EUA sejam enviadas ao Oriente Médio, em meio a crescentes tensões com o Irã, disse um alto funcionário de defesa dos EUA à Fox News na quarta-feira.

    Nenhuma decisão foi tomada e não ficou claro se a Casa Branca daria sua bênção. A implantação também pode incluir baterias de mísseis Patriot e navios de guerra.

    Quanto mais recursos militares enviarmos ao Oriente Médio, mais ansiedade os líderes iranianos sentirão, e mais provável será que os iranianos decidam que devem agir antes que seja tarde demais.

    Para os iranianos, sua melhor chance de vencer um conflito contra os Estados Unidos seria tentar eliminar os ativos terrestres norte-americanos antes mesmo de entrar no Irã. A liderança iraniana é absolutamente insana, mas em circunstâncias normais não teria razão para realizar tal greve. Mas se eles veem as forças dos EUA concentrando-se em suas fronteiras, eles definitivamente avaliarão suas opções.

    Portanto, enviar milhares de novas tropas dos EUA para a região não é uma boa ideia, e esperamos que o presidente Trump compreenda isso.

    E o que torna tudo isso ainda mais perturbador é o fato de que o Jerusalem Post está relatando que “a Arábia Saudita e outros países do Golfo Pérsico concordaram com um pedido para um novo desdobramento das forças dos EUA”…

    A Arábia Saudita e outros países do Golfo Pérsico concordaram com o pedido de um novo desdobramento das forças norte-americanas para deter o Irã, informou o jornal londrino Al-Sharq Al-Awsat no sábado.

    De acordo com o relatório, a implantação é parte do acordo de cooperação entre Washington e os estados do Golfo Árabe, e ocorrerá tanto no mar quanto em terra. Uma fonte saudita disse ao jornal que "o acordo visava dissuadir o Irã de uma escalada militar, incluindo atacar alvos americanos ... e não com o objetivo de entrar em uma guerra com ele".

    É difícil acreditar que isso esteja realmente acontecendo.

    Olha, a verdade é que, se o Irã tentou algo engraçado, já temos a capacidade de bombardeá-los de volta à idade da pedra em um curto espaço de tempo.

    Nós não precisamos de milhares de tropas na região para fazer isso.

    Mas se quiséssemos invadir o Irã, derrubar o regime e criar um novo governo, precisaríamos de um enorme número de tropas.

    De fato, o ex-chefe da Marinha Real afirmou que os EUA provavelmente precisariam de “pelo menos um milhão de tropas” para atingir esse objetivo…

    O almirante Lord West - o antigo Primeiro Lorde do Mar da Marinha Real - fez uma avaliação terrível do potencial conflito enquanto os ânimos se exaltam no Oriente Médio.

    Ele disse ao Daily Star Online que os EUA precisariam de pelo menos um milhão de tropas para pacificar o Irã com sucesso, e um ataque mal feito poderia levar a região ainda mais ao caos.

    O veterano de 50 anos da Marinha Real alertou que "idiotas" nos EUA e no Irã estão perigosamente estimulando as tensões.

    Então você está pronto para enviar seus filhos e filhas para o Oriente Médio para lutar uma guerra contra o Irã?

    Se não, então você deve fazer sua voz ser ouvida enquanto ainda há tempo.

    Outra indicação de que as coisas estão esquentando é o fato de que o Departamento de Estado dos EUA ordenou que todo o pessoal não essencial deixasse o Iraque imediatamente…

    Os militares dos EUA colocaram suas forças no Iraque em alerta máximo, e o Departamento de Estado ordenou que todos os funcionários não-emergentes de quarta-feira deixassem o país imediatamente em meio a crescentes tensões com o Irã. Alguns aliados dos EUA expressaram ceticismo sobre as alegações do governo Trump de que o Irã representa uma ameaça crescente.

    O capitão da Marinha Bill Urban, porta-voz do Comando Central das Forças Armadas dos EUA, disse em um comunicado que havia "possivelmente ameaças iminentes às forças dos EUA no Iraque" ao tentar esclarecer as observações contraditórias de um comandante britânico na terça-feira.

    Esse é o tipo de movimento que você faz se acredita que um conflito militar é iminente.

    Por outro lado, o presidente do Irã acaba de decidir buscar "poderes executivos ampliados em tempo de guerra" ...

    O presidente do Irã disse a um grupo de clérigos que está buscando amplos poderes executivos em tempo de guerra para lidar melhor com uma "guerra econômica" desencadeada pela retirada do governo Trump do acordo nuclear e aumento das sanções dos EUA.

    A agência estatal de notícias IRNA informou na segunda-feira que o presidente Hassan Rouhani citou a guerra dos anos 80 com o Iraque, quando um conselho supremo em tempo de guerra conseguiu contornar outras agências para tomar decisões relativas à economia e à guerra.

    Precisamos desesperadamente de alguém para acalmar as coisas, e em vez disso Trump está cercado por falcões de guerra como o Conselheiro de Segurança Nacional John Bolton e o Secretário de Estado Mike Pompeo, e está sendo relatado que Trump está ficando bastante frustrado com eles…

    Trump ficou irritado na semana passada e no fim de semana sobre o que considera um planejamento bélico que está à frente de seu próprio pensamento, disse um alto funcionário do governo com conhecimento das conversas de Trump sobre o conselheiro de segurança nacional John Bolton e o secretário de Estado Mike Pompeo.

    "Eles estão ficando à frente de si mesmos e Trump está irritado", disse a autoridade. "Houve uma corrida para Bolton e Pompeo e outros para entrar na mesma página."

    Espero que Trump possa encontrar uma maneira pacífica de sair dessa bagunça, porque uma guerra com o Irã seria o tipo de guerra que ninguém ganha.

    Infelizmente, muitos americanos acreditam que uma guerra com o Irã é inevitável. De fato, uma pesquisa recente descobriu que 51% de todos os americanos acreditam que os EUA e o Irã entrarão em guerra “nos próximos anos”…

    A pesquisa mostrou que 51% dos adultos sentiam que os Estados Unidos e o Irã entrariam em guerra nos próximos anos, um aumento de 8 pontos percentuais em relação a uma pesquisa similar publicada em junho passado. Na pesquisa deste ano, os democratas e os republicanos estavam mais propensos a ver o Irã como uma ameaça e dizer que a guerra era provável.

    Oremos pela paz, mas sem dúvida vivemos numa época de “guerras e rumores de guerras”, e muitos acreditam que é apenas uma questão de tempo antes que a paz seja tirada da Terra.

    Mas, neste momento, é difícil imaginar como alguém poderia acreditar que uma guerra com o Irã seria algo positivo para os Estados Unidos.

    Já testemunhamos os pesadelos de que as guerras no Afeganistão e no Iraque se tornaram, e uma guerra com o Irã seria muito mais grave.

    Fonte: https://undhorizontenews2.blogspot.com/

    Agravamento de guerra comercial sino-americana: ameaça global ou novas oportunidades?


    Navio cargueiro da empresa de transporte Yang Ming no porto de Nova York


    © AFP 2019/ Spencer Platt / Getty Images América do Norte

    #SputnikExplica

    10:00 23.05.2019(atualizado 10:02 23.05.2019) URL curta

    2110

    Nos últimos dias, a guerra comercial entre os EUA e a China, iniciada por Washington em 2018, tem ganhado novo fôlego com a troca de tarifas e ameaças entre as duas maiores economias globais – a China e os EUA. A Sputnik explica que consequências terá a disputa para a economia global e que pontos fortes tem cada país nesse conflito.

    Já há um mês que o mundo esperava que a guerra comercial sino-americana estivesse chegando à sua conclusão lógica. A mídia anunciou que os dois países planejam realizar uma nova rodada de negociações e esperam fechar um acordo no final de maio ou no início de junho.

    Entretanto, no início de maio o presidente dos EUA Donald Trump anunciou que planeja introduzir novas tarifas sobre produtos chineses, comentando que "o acordo comercial com a China continua, mas muito lentamente, enquanto eles [os chineses] tentam renegociar".

    Dólares e relógio

    CC0 / Pixabay

    3 'armas' econômicas que China pode usar na guerra comercial com EUA

    Como consequência, a partir de 10 de maio as tarifas americanas sobre uma série de produtos chineses foram elevadas de 10% para 25% sobre mercadorias no valor de 200 bilhões de dólares (R$ 890 bilhões). Além disso, o presidente estadunidense ordenou que o Departamento de Comércio iniciasse o processo de aumento de tarifas sobre todos os produtos chineses.

    A China, por sua vez, declarou que "lamenta profundamente" o aumento das tarifas sobre as suas exportações e que não tem outro remédio senão tomar contramedidas a esse respeito e anunciou o aumento das tarifas chinesas sobre uma série de produtos estadunidenses no valor de 60 bilhões de dólares (R$ 240 bilhões). A medida entrará em vigor desde 1º de junho.

    Vale ressaltar que as negociações entre os dois países não foram interrompidas, mas entre Pequim e Washington há vários pontos de discórdia: Pequim continua a exigir a abolição de todas as tarifas adicionais, introduzidas por Washington, para retomar o comércio bilateral normal e as negociações com base em princípios de igualdade, mostrando seu empenho de não ceder à pressão de Washington.

    A nova onda na guerra comercial entre os EUA e a China não se limita à introdução de tarifas. Em meio às tensões comerciais, o Departamento de Comércio dos EUA incluiu a maior empresa de tecnologia chinesa Huawei e suas filiadas em uma espécie de "lista negra", que proíbe à Huawei comprar componentes e peças de empresas estadunidenses sem aprovação do governo dos EUA (a medida entrará em vigor em três meses). As empresas de tecnologia americanas, entre elas a Google, Intel e Qualcomm, já decidiram cortar relações comerciais com Huawei.

    Bandeiras da China e do Brasil

    © AP Photo/ Andy Wong

    Ministra da Agricultura vê 'oportunidade' para Brasil na guerra comercial entre China e EUA

    Pontos fracos e trunfos de ambos os países

    Sem dúvidas, o agravamento da disputa comercial afeta as economias de ambos os países. Para os EUA, o aumento de tarifas leva ao aumento dos custos de produção para as empresas norte-americanas, causando um aumento da volatilidade nos mercados financeiros.

    Os agricultores dos EUA também estão sofrendo dificuldades financeiras devido às tarifas de Pequim sobre as importações da soja norte-americana (que é cultivada principalmente nos estados do centro-oeste que compõem a base eleitoral de Donald Trump) e outros produtos agrícolas dos EUA, incluindo suínos e sorgo.

    Além disso, a China tem outras poderosas ferramentas econômicas que o país poderia usar na sua batalha comercial com os EUA. Por exemplo, ela poderia realizar a venda massiva dos títulos do Tesouro dos EUA. No ano passado, quando os funcionários chineses recomendaram apenas desacelerar ou parar a compra de títulos do Tesouro estadunidenses, o mercado dos títulos da dívida pública sofreu uma queda drástica. Se Pequim decidir vender uma parte significativa dos seus títulos do Tesouro (é de assinalar que a China é o maior detentor de títulos da dívida pública dos EUA), o mercado desses títulos poderia colapsar.

    Yuan e dólar (imagem referecial)

    © REUTERS / Jason Lee

    Guerra comercial se agrava: China impõe tarifas a produtos dos EUA valendo US$ 60 bilhões

    Mais uma possível ação dolorosa da China contra a economia dos EUA seria o bloqueio do acesso ao crescente mercado interno chinês para as empresas estadunidenses. Nesse caso, o lobby empresarial americano se manifestaria contra Donald Trump e começaria a apoiar seus adversários.

    O analista chefe da empresa financeira BCS Premier, Anton Pokatovich, revelou à Sputnik Brasil que no caso de um cenário pessimista a China poderia também desvalorizar sua moeda nacional.

    "Segundo nossas estimativas, um enfraquecimento substancial do yuan, por exemplo, até ao nível de oito yuanes por um dólar [hoje a taxa de câmbio é de 6,9 yuanes por um dólar] levaria ao fortalecimento do dólar em relação à maioria das divisas, o que, por sua vez, pode se tornar um golpe duro contra todas as exportações americanas", explicou ele.

    Em geral, a consultoria Oxford Economics prevê que nos EUA a nova onda de guerra comercial levaria à redução do crescimento econômico em 0,5% em 2020 e custaria 300 mil postos de trabalho.

    Quanto à China, as empresas de eletrônica chinesas que exportam seus produtos aos EUA vão sofrer perdas, bem como os fabricantes de automóveis que planejariam entrar no mercado americano no segmento de preço econômico.

    Presidente dos EUA, Donald Trump, acena ao lado do presidente chinês, Xi Jinping, após coletiva de imprensa em Pequim, 9 de novembro de 2017

    © AP Photo / Andy Wong

    Trump diz que China está 'sonhando' com sua derrota eleitoral em 2020

    A introdução das tarifas de retaliação da China provocaria uma queda da oferta de algumas mercadorias e, como consequência, um aumento dos preços desses produtos, por exemplo da soja, carne e frutos, anteriormente importados dos EUA, no mercado interno chinês. Embora Pequim esteja tentando encontrar novos fornecedores desses produtos, o processo poderia levar bastante tempo.

    A pressão contra o gigante tecnológico Huawei também seria um golpe bastante duro contra a China. Componentes americanos são responsáveis por 14% do orçamento de compras da empresa chinesa. Entretanto, a empresa planeja promover o desenvolvimento e a produção de suas próprias peças e componentes para reduzir a dependência dos mercados externos e no futuro poderia lidar com as restrições chinesas.

    "Acreditamos que os EUA têm muito mais meios para exercer pressão que a China, o que poderia causar um 'aumento das apostas' por parte dos EUA e o fechamento de um acordo nos seus próprios termos. A China compreende plenamente que a resistência aos EUA a longo prazo afetará a economia chinesa, a qual, além das guerras comerciais, já enfrenta muitos desafios. Levando isso em consideração, esperamos que o acordo seja assinado. Mas a questão de como a China vai respeitar esse acordo permaneceria aberta a longo prazo", revelou Anton Pokatovich à Sputnik Brasil.

    Em geral, segundo várias estimativas, a última onda da guerra comercial levaria ao abrandamento do crescimento econômico do país em cerca de 0,5% em 2019.

    Como agravamento da guerra comercial sino-americana influirá sobre outros países?
    É evidente que a guerra comercial afetará tanto os EUA como a China, mas a disputa comercial entre as duas maiores economias também terá consequências globais.

    Primeiro, a nova espiral de tensões comerciais já levou ao aumento da volatilidade nos mercados financeiros em todo o mundo, inclusive no Brasil (o principal indicador da bolsa paulista Bovespa fechou em queda após a retomada da guerra comercial).

    A bandeira da República Popular da China e as Estrelas e Listras dos Estados Unidos tremulam pela Avenida da Pensilvânia, perto do Capitólio dos EUA, durante a visita de Estado do presidente chinês, Hu Jintao em 18 de janeiro de 2011 (foto de arquivo).

    © REUTERS / Hyungwon Kang

    China não vai se rebaixar aos EUA para negociar, alerta principal diplomata chinês

    Quanto à economia global, o Fundo Monetário Internacional (FMI) avisa que a disputa comercial desaceleraria o crescimento global para 3,3% em comparação com os 3,6% esperados anteriormente e continuaria desacelerando em 2020.

    Segundo o analista Anton Pokatovich, se o conflito comercial continuar se agravando, os investidores começarão a apostar em ativos mais seguros e de maior liquidez, o que, junto com as tendências negativas que se observam no comércio mundial em meio ao aumento do protecionismo, causaria um refluxo massivo de capital dos países emergentes.

    "Esse conjunto de fatores negativos pode formar uma grande pressão sobre as economias emergentes, o que, caso se mantenha por um ou dois anos, poderá se tornar a base para uma nova crise global", sublinhou ele.

    Entretanto, essa guerra comercial poderia trazer também algumas oportunidades, porque os dois países seriam forçados a buscar novos parceiros e fornecedores de produtos não expostos às tarifas, enquanto os mercados chinês e americano são os maiores do mundo com demanda crescente. Nesse sentido, os produtores de terceiros países, entre eles o Brasil e a Rússia, poderiam beneficiar dessa demanda proveniente da guerra comercial, penetrando em novos mercados e obtendo novos laços comerciais.

    Fonte: https://br.sputniknews.com/sputnik_explica/2019052313924190-agravamento-de-guerra-comercial-sino-americana-ameaca-global-ou-novas-oportunidades/