A censura da RedeTV à entrevista feita pelo jornalista Kennedy Alencar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostra, mais uma vez, que a democratização da mídia é a batalha decisiva no Brasil, que virou uma câmara de gás no campo da informação. A mídia corporativa diz sempre as mesmas coisas, repete sempre os mesmos pontos de vista.
“Consensos”, como o da reforma da Previdência, são sempre fabricados pelos grupos de interesse - em geral, do sistema financeiro - que tentam controlar a agenda pública no País e ditar o que se deve ou não dizer.
A nota da RedeTV é simplesmente ridícula. A empresa diz que pediu ao Supremo Tribunal Federal a entrevista com Lula apenas no âmbito de um projeto da BBC, que não precisa de intermediários no Brasil.
As entrevistas de Lula aos jornalistas Florestan Fernandes Júnior e Mônica Bergamo renderam milhões de visualizações à Folha e ao El Pais. Portanto, geraram inscritos e monetização para os seus canais.
Se a RedeTV decidiu se autocensurar, a decisão provavelmente foi tomada porque alguém (será o governo???) pagou mais. A mídia corporativa não rasga dinheiro.
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