Vítima do golpe de 2016, Dilma explicou a pesquisa da PwC que mostra como o Brasil caiu da terceira para a décima posição como melhor destino para investir
22 de janeiro de 2022, 20:15 h Atualizado em 22 de janeiro de 2022, 20:33
Dilma Rousseff (Foto: Ricardo Stuckert)
247 – A ex-presidente Dilma Rousseff, vítima do golpe de estado de 2016, explicou a pesquisa da Pricewaterhousecoopers (PwC), que apontou como o Brasil caiu da terceira posição como maior destino global para investimentos produtivos, em seu governo, para o décimo lugar, depois do choque neoliberal implantado pelo golpista Michel Temer e por Jair Bolsonaro.
"O que investidores buscam num país é a demanda interna e a capacidade de expansão do seu mercado de consumo", disse ela, na primeira da série de entrevistas concedidas ao jornalista Leonardo Attuch, editor do 247, em que defenderá o seu legado e demonstrará como o golpe de estado reduziu as perspectivas de desenvolvimento da economia brasileira.
Na primeira entrevista, Dilma recorda que, em junho de 2016, 42 dias após seu afastamento, o então ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, apontou a solidez dos fundamentos da economia brasileira. Pouco depois, a nota foi apagada, porque praticamente comprova que Dilma foi vítima de um golpe de estado.
Ela também recorda como, em junho de 2013, foi alertada pelo presidente turco Recep Erdogan de que haveria um golpe de estado no Brasil e lamentou o fato de que ainda não havia muito conhecimento, no seu governo, sobre como se desenrola uma guerra híbrida, em que novos instrumentos, como as redes sociais, são utilizadas para desestabilizar e derrubar governos. "Erdogan me alertou sobre a semelhança entre protestos na Turquia e no Brasil", diz ela.
Na entrevista, Dilma também explica a diferença entre mercado produtivo e mercado financeiro. "Financistas da Faria Lima gostam de lucro fácil", afirma.
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