Ex-juiz suspeito, que destruiu 4,4 milhões de empregos no Brasil, foi pago por Benjamin Steinmetz para escrever parecer contra a empresa brasileira
28 de janeiro de 2022, 04:55 h Atualizado em 28 de janeiro de 2022, 04:57
Sergio Moro, Benjamin Steinmetz e logo da Vale (Foto: Lula Marques | Reuters)
247 – O ex-juiz suspeito Sergio Moro, que destruiu os empregos de 4,4 milhões de brasileiros, segundo o Dieese, recebeu R$ 200 mil de um bilionário israelense condenado por corrupção internacional para escrever um parecer de 54 páginas contra a mineradora brasileira Vale. "O pré-candidato à Presidência Sergio Moro (Podemos) recebeu cerca de R$ 200 mil por um parecer de 54 páginas que emitiu em novembro de 2020 em resposta a uma consulta do empresário israelense Beny Steinmetz, pivô de um litígio internacional bilionário com a Vale. O trabalho, cuja conclusão foi contrária aos interesses da mineradora brasileira e favorável aos do israelense, veio a público dias após o ex-juiz federal encerrar a quarentena de seis meses que cumpriu devido à sua participação no governo Jair Bolsonaro, como ministro da Justiça", escreve o jornalista Ranier Bragon, em reportagem na Folha.
"Moro vem sendo pressionado a divulgar quanto recebeu da Alvarez & Marsal, já que a firma foi nomeada para administrar a recuperação judicial de empreiteiras alvos da Lava Jato, a operação que tem no ex-juiz federal o seu maior símbolo", lembra ainda o jornalista.
"Em janeiro do ano passado, a Justiça na Suíça condenou Beny Steinmetz a uma pena de cinco anos de prisão e multa de cerca de R$ 300 milhões por pagamento de propina para garantir o direito de explorar a mina de Simandou", lembra ainda o repórter. A mina era o ativo em disputa com a Vale.
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