"Temos todo o direito de tomar uma decisão correspondente e impor um embargo ao bombeamento de gás", disse o vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak
8 de março de 2022, 08:06 h Atualizado em 8 de março de 2022, 08:38
Alexander Novak (Foto: REUTERS/Ahmed Yosri/File Photo)
247 - A ameaça dos Estados Unidos e da União Europeia em proibir a importação do petróleo russo com parte das sanções impostas pela ação militar na Ucrânia poderá levar o país a fechar o seu principal gasoduto que abastece a Alemanha. “
"Temos todo o direito de tomar uma decisão correspondente e impor um embargo ao bombeamento de gás através do gasoduto Nord Stream “, disse o vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, de acordo com a BBC News. Alemanha e Holanda rejeitaram o plano de proibição do petróleo russo na segunda-feira (7).
Novak também alertou para o risco de uma disparada nos preços internacionais do petróleo caso a sanção seja levada adiante. Segundo ele, "rejeição do petróleo russo levaria a consequências catastróficas para o mercado global", fazendo com que os preços mais que dobrassem, ultrapassando os US$ 300 por barril.
“A UE obtém cerca de 40% de seu gás e 30% de seu petróleo da Rússia e não tem substitutos fáceis se o fornecimento for interrompido”, ressalta a reportagem. A Rússia é o segundo maior produtor de gás do mundo e o terceiro maior exportador de petróleo.
"A questão agora é se os líderes dos EUA e da Europa estão preparados para suportar os altos preços do petróleo e do gás para adicionar as exportações de energia à lista de sanções”, disse Nathan Piper, chefe de pesquisa de petróleo e gás da Investec.
"A ameaça dessa ação é quase o pior dos dois mundos, forçando os preços a subir, mas não fazendo nada para limitar os volumes russos ou as receitas que fluem para Moscou”, completou.
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