Lula (Foto: EVARISTO SA/AFP via Getty Images)
Lula quer encerrar as aglomerações no entorno das unidades militares;
Retirada de apoiadores de Jair Bolsonaro na entrada de quartéis será um dos primeiros pedidos de Lula para os futuros comandantes-gerais;
Bolsonaristas fazem atos antidemocráticos desde a vitória do petista, em 30 de outubro.
Os comandantes de unidades militares sitiadas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) já esperam ordem do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para dispersar os atos antidemocráticos em frente a quartéis pelo país. A informação é do jornal Folha de S. Paulo e foi divulgada nesta quarta-feira (14).
Revoltados com a derrota nas eleições de outubro, bolsonaristas têm feito manifestações golpistas em várias cidades brasileiras. Desde o dia 30 de outubro, eles não aceitam a vitória de Lula e pedem intervenção militar.
Na terça (13), foi publicada a informação de que o petista irá pedir aos próximos comandantes-gerais das Forças Armadas a remoção de manifestantes que fazem protestos na entrada de quartéis contestando o resultado das urnas e pedindo golpe.
A retirada dos apoiadores de Bolsonaro será um dos primeiros pedidos de Lula em conversa com os futuros comandantes-gerais a serem confirmados por ele.
O presidente eleito já havia compartilhado com parlamentares de sua base aliada que trataria com os generais o plano de encerrar as aglomerações e acampamentos no entorno das organizações militares.
Ainda segundo o jornal, a dispersão dos golpistas é a prioridade do Ministério da Defesa, que será comandado por José Múcio, principalmente depois dos atos de violência que ocorreram em Brasília na noite de segunda-feira (12).
Apoiadores de Bolsonaro tentaram invadir a sede da Polícia Federal (PF) e entraram em confronto com oficiais da corporação. Eles também quebraram vidros da 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte. Isso tudo aconteceu após o STF (Supremo Tribunal Federal) determinar a prisão temporária contra o indígena José Acácio Tserere Xavante, apoiador do atual mandatário.
De acordo com o Supremo e a PGR (Procuradoria-Geral da República), Tserere é investigado por participar de atos antidemocráticos e reunir pessoas para cometer crimes.
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