Presidente eleito usa transição para ampliar frente que o apoiou no segundo turno
Pronunciamento do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva após resultado das eleições (Foto: Ricardo Stuckert)
247 - Na última semana da campanha, Lula disse que, se eleito, faria um governo “além do PT”. A promessa parece ter orientado os primeiros passos da transição, ressalta o jornalista Bernardo Mello Franco no Globo.
Mello Franco destaca que a equipe escalada para conduzir a transição é mais ampla que a frente montada para o segundo turno. "A aliança eleitoral reunia 11 partidos. Agora MDB e PSD se juntaram ao time".
"O petista ainda negocia com siglas como o União Brasil, cujo presidente já avisou que não fará oposição 'de jeito nenhum', informa.
O colunista destaca ainda que o governo de Jair Bolsonaro acabou e que o poder real já se deslocou do Planalto para o CCBB, onde Geraldo Alckmin começou a dar expediente na segunda-feira. Ali será montado o novo desenho da Esplanada, embora o vice-presidente eleito tenha declarado que transição e ministério são “coisas diferentes”.
"Lula busca novas alianças para garantir maioria no Congresso, mas não apenas para isso. Ele também precisa amarrar setores da sociedade civil e do empresariado que não têm afinidade com o PT, mas votaram nele para derrotar Bolsonaro".
"O presidente eleito sabe que vai enfrentar uma oposição radicalizada e sem compromisso com a democracia. Para sobreviver a ela, precisará partilhar mais poder do que nos mandatos anteriores".
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