Presidente nacional do PT criticou agressões de bolsonaristas a policiais no Pará e Santa Catarina como fruto do ódio estimulado por Bolsonaro
247 - A deputada Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, criticou nesta segunda-feira (7) a escalada da violência de apoiadores de Jair Bolsonaro que contestam o resultado da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva e atacaram policiais em atos golpistas pelo país.
Pelo Twitter, Gleisi disse que o país assiste à dimensão do ódio espalhado por Bolsonaro. "Professora e médico se recusam a lidar com quem votou em Lula. No PA, PRF recebida à bala, em SC confrontos violentos e em BSB Exército pede ajuda contra atos. Criaram um monstro pra tentar colocar o país no caos", disse a dirigente do PT.
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Participantes de atos golpistas partem para o ataque contra PRF em Santa Catarina e no Pará
Brasil de Fato - Insatisfeitos com a derrota de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições presidenciais, grupos de bolsonaristas seguem realizando manifestações golpistas em diferentes pontos do país. Nesta segunda-feira (7), algumas estradas voltaram a ser bloqueadas, e agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) enviados para liberar o fluxo foram atacados pelos autoproclamados "patriotas" no Pará e em Santa Catarina.
Na cidade paraense de Novo Progresso, a PRF foi acionada para desbloquear um trecho da rodovia BR-163. Os agentes foram atacados por participantes dos atos antidemocráticos. Vídeos que circulam nas redes sociais registraram barulho de tiros.
A PRF usou bombas de gás contra o bloqueio, e uma criança precisou de atendimento médico. Segundo nota da corporação, a criança foi socorrida pelos próprios policiais rodoviários, já recebeu alta e passa bem. Um agente da PRF ficou ferido no episódio.
A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. Até o fim da tarde desta segunda os autores dos disparos não tinham sido identificados.
Santa Catarina
Em outro episódio registrado nesta segunda, agentes da PRF foram atacados quando atuavam para desmontar um ato golpista na BR-470, na altura de Rio do Sul, cidade na região do Vale do Itajaí, em Santa Catarina.
O bloqueio na estrada aconteceu junto a uma loja Havan, do empresário bolsonarista Luciano Hang. O ato que pedia "intervenção federal" (o eufemismo vigente usado por quem pede um golpe de estado) tinha estrutura de evento, com tendas, cadeiras plásticas e churrasqueiras. Os objetos foram usados como armas para atingir a PRF.
Vídeos publicados nas redes sociais mostram o momento em que os "patriotas" iniciam os ataques contra os agentes da polícia rodoviária atirando cadeiras. As imagens mostram também que um homem agrediu os policiais com uma barra de ferro. Dois agentes ficaram feridos.
Balanço de bloqueios
Após a PRF ter informado o fim dos bloqueios em estradas já na noite da última quinta-feira (3), atos antidemocráticos voltaram a restringir ou bloquear o fluxo em rodovias nesta segunda (7). No fim da tarde, eram quatro pontos com interdições totais, sendo um deles o de Rio do Sul e os outros três no estado do Mato Grosso. Havia outros 15 pontos de interdições parciais em estradas federais.
Segundo a PRF, 1.049 manifestações golpistas tinham sido desfeitas desde a noite do domingo de votação do segundo turno das eleições presidenciais (30 de outubro). De lá para cá, 578 pessoas foram detidas nas estradas federais. A soma leva em conta, também, pessoas flagradas cometendo crimes como tráfico de drogas.
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