Por ignorância, incompetência, má-fé — ou tudo isso junto —, o governo de Jair Bolsonaro tem imensa dificuldade de acertar na política social, escreve a jornalista Flávia Oliveira
7 de outubro de 2022, 04:04 h Atualizado em 7 de outubro de 2022, 05:00
Mulheres protestam contra Bolsonaro (Foto: Mídia Ninja)
247 - "Desde o início da campanha, o time do presidente vem enfileirando estratégias para se aproximar das eleitoras, em particular, as de baixa renda. Sem sucesso. Todas as pesquisas apontaram preferência das mulheres pelo candidato do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que bateu o adversário no primeiro turno por 6 milhões de votos", escreve a jornalista Flávia Oliveira em sua coluna no Globo .
A colunista faz uma crítica severa do anúncio de, em 2023, de uma 13ª parcela do Auxílio Brasil, que ela considera um "sucessor mal elaborado do Bolsa Família". Bolsonaro inaugurou, com isso, "a política social pré-datada, uma espécie de bolsa-fiado, pela qual a eleitora vota nele em outubro de 2022 e recebe R$ 600 em dezembro do ano seguinte". "É promessa tão inédita quanto estúpida, porque carrega a evidência do erro de um programa elaborado somente para aumentar o capital político-eleitoral de um líder que jamais se preocupou com as mulheres".
"Sem qualidade nas políticas nem argumentos, resta à equipe do presidenciável assombrar mulheres conservadoras —especialmente as evangélicas — com pautas de natureza moral, que só entraram no debate eleitoral para perturbá-las. É mais uma cortina de fumaça das muitas que o bolsonarismo cria para desviar das prioridades do eleitorado que o governo foi incapaz de enfrentar: saúde, educação, trabalho e renda, inclusão, cidadania", conclui.
Fonte: https://www.brasil247.com/midia/politica-social-do-governo-para-mulheres-fracassa
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