'Ponte para o futuro', implantada após o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, tirou a esperança dos jovens brasileiros
16 de outubro de 2022, 07:06 h Atualizado em 16 de outubro de 2022, 07:18
(Foto: Marcello Casar Jr/Ag.Brasil)
247 - A maioria dos jovens brasileiros (76%) com idades entre 15 e 19 anos afirmam ter muita ou alguma vontade de deixar o Brasil de forma definitiva, aponta pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (16) pelo jornal Folha de S. Paulo.
Ainda conforme o estudo, apesar de 67% dos jovens nesta faixa etária entre 15 e 29 anos acreditarem que sua situação pessoal será muito melhor daqui a dez anos, e outros 65% acharem o mesmo sobre sua situação financeira, apenas 25% acreditam que o Brasil terá o mesmo desempenho econômico nesse período.
O descrédito vem na esteira do golpe parlamentar que começou a ser gestado em 2014 e culminou com a deposição da presidente eleita Dilma Rousseff (PT), em 2016. “A partir da recessão de 2014-2016, os jovens trabalhadores foram os que mais perderam renda (-26,5% entre 2014 e 2019) e sofreram com o desemprego. A taxa de desocupação daqueles entre 18 e 24 anos era de 19,3% ao fim do segundo trimestre, mais que o dobro da média geral (9,3%)”, ressalta a reportagem.
O levantamento destaca, ainda, que apenas 19% dos jovens brasileiros avaliam que o estudo é a única forma de conseguirem uma renda mais alta no futuro, enquanto 50% dizem que só irão conquistar o que desejam por meio do trabalho, e outros 67% avaliam que estudar é uma das possibilidades ampliar a renda, mas não a única.
Segundo dados do Banco Mundial, cada ano adicional de estudo no Brasil representa até 15% a mais na renda futura, acima dos 8% na média global.
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