© AP Photo / Andrew Harnik
O relatório Pandora Papers demonstra que os Estados Unidos são a maior lacuna fiscal no mundo, apesar de suas declarações sobre o combate à corrupção e à lavagem de dinheiro, disse aos jornalistas o porta-voz do presidente russo.
"Talvez, o único que realmente atrai a atenção é mesmo a demonstração de qual país é a maior lacuna de offshore e lacuna fiscal do mundo. São certamente os Estados Unidos. Isso de nenhuma maneira corresponde às declarações sobre intenções de combater a corrupção, evasões fiscais etc., lavagem de dinheiro. Mas essa é a realidade", disse Dmitry Peskov.
"Por enquanto simplesmente não se entende que informação é essa, sobre o que é; há muito lá que coloca perguntas, por isso não se entende como se pode confiar nesses dados. Primeiramente deve aparecer algo, por enquanto se trata de algumas alegações baseadas em algo pouco claro e, sem dúvida, isso não pode ser motivo para quaisquer verificações, no início deve surgir alguma publicação séria", respondeu ele à questão se haverá alguma investigação após o relatório ter sido divulgado.
De acordo com as palavras de Peskov, o relatório referido é um conjunto de alegações sem fundamento.
"Aqui surge apenas um conjunto de alegações bastante infundadas, há muitas, e isso origina frequentemente abusos, muitas vezes ocorre a substituição de uma informação por outra, distorção de dados, portanto isso não pode e não deve servir de base para quaisquer verificações. Se houver algumas publicações sérias, que se baseiem em algo e com referências a algo concreto, então vamos levar isso em consideração com interesse. Por enquanto não vemos uma razão", concluiu o porta-voz.
No domingo (3), o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês) divulgou o relatório Pandora Papers, sobre alegado envolvimento de uma série de líderes em esquemas de offshore, em particular a ocultação de ativos em paraísos fiscais.
Cerca de 35 atuais e ex-líderes mundiais, bem como mais de 330 políticos e funcionários públicos em todo o mundo são mencionados no relatório. A investigação envolveu mais de 600 jornalistas de 117 países, bem como o vazamento de mais de 11,9 milhões de arquivos. O consórcio denominou a sua investigação de revelação do maior escândalo de segredos financeiros.
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