- O presidente Michel Temer sancionou,
com dezenas de vetos, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017. A sanção
foi publicada na edição desta terça-feira (27) do Diário Oficial da União. Entre
os dispositivos da lei aprovada pelo Congresso, mas vetados agora por Temer,
está o que aplica o teto para os gastos públicos.
Ao justificar o veto, o presidente afirma que o texto aprovado pelo Congresso
“trata o assunto, parcialmente, de forma diferente” ao previsto na Emenda
Constitucional 95, que instituiu o teto.
A diferença está no índice de correção das despesas primárias do governo para
2017: o texto aprovado pelo Congresso diz que essa correção será feita pelo
índice de inflação (IPCA) apurado de janeiro a dezembro de 2016, mas a Emenda
Constitucional que instituiu o teto, promulgada em 15 de dezembro, já informa
que o índice de correção para 2017 será de 7,2%.
Outro artigo vetado incluía entre as prioridades do governo federal para 2017
“a conclusão de obras inacabadas com percentual de execução física superior a
50%”. O presidente alegou que a medida “restringe a discricionariedade do Poder
Executivo” e coloca em risco “a gestão fiscal do orçamento”. Temer vetou ainda
um artigo que determinava a realização, em 2017, de uma auditoria da dívida
pública. De acordo com o presidente, esse tema “não é matéria da Lei de
Diretrizes Orçamentárias”.
Também foi vetado pelo presidente um artigo que excluía de eventuais
contingenciamentos o orçamento para alguns programas, entre eles o que fixa
despesas para o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), Investigação
e Prevenção de Acidente Aeronáuticos, implantação de um sistema de monitoramento
de fronteiras, despesas relativas às agências reguladoras e despesas destinadas
à implantação e funcionamento de universidades federais criadas a partir de
2016.
O presidente alegou que a medida “traz maior rigidez para o gerenciamento das
finanças públicas, especialmente no tocante ao alcance da meta de resultado
primário”.
http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/272362/Depois-do-rombo-recorde-em-novembro-Temer-veta-teto-de-gastos-em-2017.htm
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