quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
Até agora Moro não conseguiu mais do que propinas imaginadas contra Lula
A nova denúncia que o juiz Moro aceitou contra Lula consiste no seguinte: a
Odebrecht comprou um terreno para nele construir a sede do Instituto Lula.
É bem verdade que o terreno não foi comprado pela Odebrecht, mas por outra
empresa. E nele não está sendo construída a sede do Instituto Lula, mas uma
revenda de automóveis.
Para o juiz Moro, nada disso tem importância. Teria havido uma intenção de
propina, mesmo que não concretizada, pois o terreno poderia ter sido mesmo
comprado para que a sede do instituto nele fosse construída. Foi dito que
alguém, em algum momento, pensou nisso - e esse pensar já basta para a denúncia.
Não sou jurista, mas como leigo creio que mesmo que se possa provar tal
intenção, o que está longe de ser o caso, intenção não é crime.
E há uma coisa que está fora de dúvida. Contra Lula, o juiz do Paraná até
agora não conseguiu mais do que denúncias de propinas imaginadas ou abortadas: o
apartamento que ia ser mas não foi, o terreno idem, assim por diante. Mesmo
assim, ele segue numa perseguição sem tréguas. Contra seus amigos do PSDB, há
fartura de evidências de corrupção efetiva: dinheiro passando de mão para mão,
depósitos, cheques. Mas, diante deles, o justiceiro implacável se transmuta no
inofensivo e sorridente conviva de jantares.
Publicado originalmente em seu
Facebook
http://www.brasil247.com/pt/colunistas/luisfelipemiguel/271663/At%C3%A9-agora-Moro-n%C3%A3o-conseguiu-mais-do-que-propinas-imaginadas-contra-Lula.htm
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