O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, avaliou como "algo muito positivo" as referências feitas no discurso do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, sobre a reforma do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU). "Não me recordo que os EUA tenham falado da reforma do CS num discurso da ONU de forma tão detalhada", disse Amorim, antes de sair para um encontro com a representante dos EUA para Comércio Exterior, Susan Schwab. Ele avalia que estão em evolução as discussões sobre a reforma do conselho. "Há um diálogo (agora) que não havia antes", disse. Amorim observou, no discurso de Bush, que, além de citar o Japão "como faz sempre", ele também afirmou que deveriam ser considerados outros países. "Isto me parece uma evolução", estimou o ministro das Relações Exteriores. "O simples fato de dialogar, de não ter posições rígidas, é algo muito positivo", acrescentou. Bush falou no discurso que os "EUA estão abertos para a perspectiva (de reforma)". "Acreditamos que o Japão está bem qualificado para (ser) membro permanente no Conselho de Segurança e outras nações também deveriam ser consideradas." O presidente dos EUA ainda acrescentou que o país ouvirá todas as idéias e dará apoio à mudança no CS como parte de uma modificação mais ampla da ONU. Amorim avaliou ainda o encontro com a representante de Comércio Exterior dos EUA, Susan Schwab, como "positivo para reengajamento" em relação à rodada de Doha. "Achamos que o processo de Genebra tem de prosseguir agora. Já houve reunião agrícola, agora tem de haver de indústria", completou. No final de outubro, estima Amorim, deve haver um novo texto sobre a questão. Amorim avalia que ainda é "preciso maior clareza" sobre a oferta relacionada ao acesso dos mercados dos países ricos. Os representantes encontraram-se no hotel Waldorf Astoria, em Manhattan.
Agência Estado
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