As Forças Armadas não contestarão o resultado das eleições e Bolsonaro, se quiser, terá que fazê-lo por meio da Justiça, definiram os militares
30 de setembro de 2022, 11:57 h Atualizado em 30 de setembro de 2022, 12:02
Lula e Bolsonaro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | Ricardo Stuckert | Reuters)
247 - Pressionada por Jair Bolsonaro (PL) a se juntar a seus arroubos autoritários e golpistas, as Forças Armas respeitarão o resultado das eleições. É o que garante o Alto-Comando do Exército, segundo o Estado de S. Paulo. No Quartel-General, os militares de mais alta patente pactuaram o respeito às urnas eletrônicas.
"Os 16 oficiais-generais do grupo mais influente das Forças Armadas indicaram que a caserna vai seguir o rito de reconhecer o anúncio do vencedor pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 'Quem ganhar leva', enfatizaram os militares. A frase começou a ser disseminada na tropa logo depois do encontro, realizado ao longo da primeira semana de agosto", relata a reportagem.
Após a decisão dos generais, os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica reduziram sua exposição política e se distanciaram da auditoria das eleições.
O parecer sobre a auditoria que será feita por militares "deve se restringir a reportar o trabalho de fiscalização nas suas duas últimas fases: os testes de integridade das urnas e a checagem amostral do somatório por meio de boletins de votação".
O Alto Comando do Exército entende que eventuais contestações ao resultado do pleito devem ficar restritas a Bolsonaro e militares da reserva que ocupam cargos no governo. Se Bolsonaro quiser contestar os números, terá de fazê-lo por meios legais e jurídicos de sua campanha, dizem os generais. "Mesmo na caserna, a impressão é que a contestação de Bolsonaro se esgotaria e seria infrutífera, conforme um general, por causa do respaldo que o TSE tende a receber de órgãos externos".
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