“Como pode um ministro falar em venda do patrimônio da nação para encher um ‘tanque’ que é o do mercado financeiro?”, questiona Sergio Takemoto, da Fenae
8 de dezembro de 2021, 05:49 h Atualizado em 8 de dezembro de 2021, 05:49
(Foto: Divulgação)
Da revista Fórum – As novas contradições do governo no discurso de insistir com a privatização das estatais federais às vésperas das eleições — inclusive daquelas mais bem classificadas pelo próprio Executivo, a exemplo da Caixa Econômica Federal — provocaram a reação dos empregados do banco público. A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) analisou, com indignação, as recentes declarações do ministro Paulo Guedes [Economia] na defesa de criação de um “fundo de erradicação da pobreza” como tentativa de argumento para a venda não só da Caixa Econômica como também da Petrobras, Eletrobras e do BNDES. Estas empresas estão entre as instituições com as melhores avaliações na 5ª certificação do Indicador de Governança IG-SEST, que avaliou 60 estatais.
No contexto da divulgação dos resultados do Indicador, na última semana, Guedes chegou a admitir que o governo seguirá o caminho das privatizações porque o abandono dessa agenda pode representar perda de apoio do eleitorado de Bolsonaro. “Venda alguns ativos aqui e enche o tanque do fundo. Nosso desafio é gerir bem as estatais, mas encaminhando para o mercado”, afirmou o ministro. Conforme analisa o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, as falas de Paulo Guedes confirmam que as ações do governo têm uma meta, uma direção: a eleição presidencial de 2022.
“A única preocupação é reelegerem o atual presidente, não se importando com as reais demandas da sociedade nem se as medidas tomadas terminarão de destruir o país”, destaca Takemoto. “Como pode um ministro falar em venda do patrimônio da nação para encher um ‘tanque’ que, na realidade, é o tanque do mercado financeiro?”, questiona o dirigente. (Leia a íntegra na Fórum)
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