A China respondeu ao que diz ser uma intromissão em assuntos internos e distorção dos verdadeiros problemas de Xinjiang, os do terrorismo violento e separatismo
24 de dezembro de 2021, 13:49 h Atualizado em 24 de dezembro de 2021, 14:07
Templo religioso em Xinjiang (Foto: Mídia chinesa)
Sputnik Brasil - Pequim protesta contra uma lei, aprovada nos EUA, que proíbe importações procedentes de Xinjiang, China, declarou na sexta-feira (24) o Ministério das Relações Exteriores chinês.
"Este ato desonra maliciosamente a situação dos direitos humanos em Xinjiang, China, em desrespeito aos fatos e à verdade. Ele viola seriamente a lei internacional e normas básicas que governam as relações internacionais e interfere grosseiramente nos assuntos internos da China. A China deplora e rejeita firmemente isto", respondeu.
A chancelaria apontou que os EUA "continuam usando assuntos relacionados a Xinjiang para criar rumores e causar problemas", realizando manipulações políticas e coerção econômica para minar a estabilidade e prosperidade da região e conter o desenvolvimento da China.
Pequim mencionou o "registro deplorável em questões de direitos humanos" dos EUA como razão para o país se olhar no espelho e afirmou que os problemas de Xinjiang não são de direitos humanos, mas de terrorismo violento e separatismo.
"Sublinhamos novamente que as questões relacionadas com Xinjiang são puramente assuntos internos da China. O governo chinês e o povo chinês são resolutos em salvaguardar a soberania nacional, segurança e interesses de desenvolvimento. Advertimos os EUA a corrigirem o erro imediatamente e pararem de usar questões relacionadas com Xinjiang para espalhar mentiras, interferir nos assuntos internos da China e conter o desenvolvimento da China", instou o Ministério das Relações Exteriores da China.
"A China dará uma nova resposta à luz do desenvolvimento da situação", conclui o ministério.
Na quinta-feira (23), Joe Biden, presidente dos EUA, assinou uma lei, aprovada com larga maioria nas duas câmaras do Congresso norte-americano, que impede a importação de produtos criados na Região Autônoma de Xinjiang, por supostamente ser um lugar de trabalho forçado e genocídio da população muçulmana uigur, alegações que a China nega.
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