Da Rede Brasil Atual
Professores de pelo menos 227 escolas particulares da capital paulista e da grande São Paulo irão aderir à greve geral desta sexta-feira (28) paralisando completamente suas atividades ao longo de todo o dia contra as reformas trabalhista e da Previdência propostas pelo governo de Michel Temer. Os dados são do último balanço do Sindicado dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP), que congrega dos profissionais das instituições privadas de ensino, publicado na tarde desta quinta-feira.
Entre os professores que irão aderir a paralisação estão membros de colégios tradicionais da cidade, como Equipe, Escola da Vila, Oswald de Andrade, Rainha da Paz, Poliedro, Rio Branco, Santa Cruz, Politeia e Santa Marcelina. A partir das 15h, os professores se reúnem em um ato na Praça dos Arcos, na zona oeste da cidade e saem em marcha até a manifestação convocada por movimento sociais no Largo da Batata, às 17h.
“Em cada colégio a situação é diferente e, por vezes, os trabalhadores enfrentam grande resistência dos familiares e patrões. Porém, o apoio de tantos outros pais, alunos e colegas de outras escolas tem se mostrado mais forte do que isso e vencido as barreiras daqueles que querem nos impor a reforma da previdência, trabalhista e a terceirização! Além disso, muitas escolas têm organizado aulas públicas para o dia 28 para debater os ataques junto com a comunidade escolar, juntando forças e perspectivas”, diz carta assinada por 130 pais de alunos da Escola Curumim, em São Paulo, em apoio à luta dos professores.
Nesta sexta, professores das instituições particulares da região central de São Paulo organizarão aulas públicas a partir das 11h no Largo Santa Cecília, para discutir temas como educação, trabalho e previdência. "As escolas privadas também têm de se manifestar, porque são medidas que vão afetar a todos", diz o secundarista Vinicius Toscano, de 16 anos, do Equipe.
"Essas reformas que o governo Temer esta tentando implantar são para fazer com que os trabalhadores e as classes menos favorecidas paguem pela crise que os capitalistas criaram. É uma maneira de explorar ainda mais a classe trabalhadora. Afeta a todos", diz Luísa Segalla, do mesmo colégio.
Também vão paralisar atividades trabalhadores do transporte coletivo de diversas cidades, aeroviários, bancários (em 22 estados), metalúrgicos (sete estados), os comerciários (seis estados), os eletricitários, os químicos, os petroleiros e os trabalhadores de saneamento básico e dos Correios. Os servidores públicos das demais áreas, inclusive do Judiciário, vão ter paralisações em todas as capitais e dezenas de cidades médias. Trabalhadores do Porto de Santos também aprovaram a greve.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) divulgou nota defendendo a greve geral e ressaltando que a reforma trabalhista viola gravemente a Constituição Federal e as convenções fundamentais da Organização Internacional do Trabalho. "A legitimidade dos interesses que se pretende defender por meio da anunciada greve geral como movimento justo e adequado de resistência dos trabalhadores às reformas trabalhista e previdenciária, em trâmite açodado no Congresso Nacional, diante da ausência de consulta efetiva aos representantes dos trabalhadores", diz o MPT.
As propostas do governo Temer são rechaçadas pela maioria da população. Pesquisa Vox Populi divulgada no dia 13 indica que 93% dos brasileiros são contra a reforma da Previdência e 80% contra a terceirização.
http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/292645/Professores-de-227-escolas-particulares-de-S%C3%A3o-Paulo-aderem-%C3%A0-greve.htm
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