247 - O ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht entregou à força-tarefa da Operação Lava Jato o registro que comprova que a entrada do veículo utilizado pelo senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG) no condomínio onde mora em 26 de maio de 2014, às 20h50. Segundo o depoimento de Marcelo Odebrecht, na ocasião Aécio teria pedido R$ 500 mil para bancar gastos com a pré-campanha presidencial do tucano.
"Pelo que me recordo foi no montante de R$ 500 mil, para bancar os gastos pré-campanha, sendo que coube a Benedicto Junior [ex-executivo da empreiteira]acertar os detalhes como estes pagamentos se dariam. Posteriormente, doamos de forma oficial para Aécio, por conta de sua campanha a presidente de 2014, aproximadamente R$ 5 milhões", disse em sua delação premiada. O pedido teria acontecido durante um jantar.
Segundo o empresário, "a primeira conversa" teria servido para "para definir a questão de valores com Aécio" e teria acontecido ainda na pré-campanha". "Eu acertei com ele um valor de gastos pré-campanha, entendeu? Depois, a gente tentou recuperar como foi operacionalizado, mas nem eu nem Júnior (Benedicto), a gente se lembra. Aparentemente, pode ter sido até por doação oficial ao PSDB ou por caixa 2. Mas foram para gastos pré-campanha, e a gente bancou assim durante 10 meses valores que eu..., mas foi algo entre... Mas aí é que está o detalhe, eu me lembrava que eram R$ 500 mil por mês por 10 meses e aí a gente só conseguiu achar... não consegue. Eram valores relevantes pré-campanha para 2014 e que foram operacionalizados ou pagos ao PSDB, antes da abertura do comitê dele, ou por caixa 2", declarou.
"Esse foi o valor que eu acertei com o Aécio, era um momento que não tinha aberto o comitê e o PSDB precisava disso para gastos pré-campanha, questão de pesquisa essas coisas todas. Depois a gente fez uma doação oficial a Aécio, num montante mais ou menos equivalente ao montante para Dilma (Rousseff), que era mais ou menos 5 milhões. Deve ter feito também alguma contribuição que eu não me lembro mais, por volta de 2, 3 milhões no Comitê do PSDB para ele. Do ponto de vista oficial, a gente equilibrou o valor de Aécio com o valor de Dilma", completou.
Por meio de nota, Aécio diz que "teve encontros sociais com o sr. Marcelo Odebrecht, ao longo dos anos, como já amplamente informado, onde trataram de vários assuntos", mas que "nos contatos ocorridos, ele jamais tratou de qualquer tema ilícito". O parlamentar também diz ter feito "pedidos de apoio a diversas candidaturas. Sempre na condição de dirigente partidário e na forma da lei, nunca tendo havido qualquer solicitação ilícita".
http://www.brasil247.com/pt/247/poder/292731/Odebrecht-entrega-documentos-que-comprovam-ida-de-A%C3%A9cio-ao-%E2%80%9Cjantar-da-propina%E2%80%9D.htm
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