Participação de militares no escândalo é considerada "constrangedora" pelas Forças Armadas
Jairo Moreira da Silva tenta reaver joias recebidas pelo governo Bolsonaro (Foto: Reprodução/GloboNews | Reuters/Marco Bello | Reprodução/Twitter)
247 - A operação montada pelo governo Jair Bolsonaro (PL) para ter acessos às joias dadas pela monarquia saudita e que acabam retidas pela Receita Federal contou com a participação de ao menos sete militares. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, “dentro das Forças Armadas, o sentimento geral é de constrangimento, dado o grau de envolvimento dos militares com o caso”.
O almirante e ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, é visto como o pivô do escândalo, uma vez que ele representava Jair Bolsonaro na comitiva que, em outubro de 2021, recebeu os presentes dados pela monarquia saudita que seriam destinados ao então mandatário e à primeira-dama, MIchelle Bolsonaro.
“Com Albuquerque, estava Marcos André dos Santos Soeiro. Tenente da Marinha, Soeiro era o assessor naquela comitiva e foi quem teve as joias apreendidas em Guarulhos, pela Receita Federal, ao tentar entrar no irregularmente no País sem declarar bens à fiscalização”, ressalta a reportagem.
Após a apreensão de joias pela Receita Federal, o governo Bolsonaro mobilizou também o ex-oficial da Marinha Julio Cesar Vieira Gomes, que virou chefe do órgão um mês após a retenção dos objetos pela alfândega, além de Mauro Cid, tenente-coronel do Exército, e Cleiton Henrique Holzschuk, segundo-tenente do Exército. A operação do Planalto para reaver as joias envolveu, ainda, o primeiro-sargento da Marinha Jairo Moreira da Silva.
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