Senador afirmou, no entanto, que o então ministro da Economia não estava no local no momento da conversa
Granja do Torto (Foto: Ichiro Guerra/PR)
247 - O senador Marcos do Val (Podemos-ES) afirmou em entrevista coletiva nesta quinta-feira (2) que a reunião em que Jair Bolsonaro (PL) e o agora ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) o convidaram para fazer parte de um plano para dar um golpe de estado no Brasil ocorreu na Granja do Torto. Inicialmente, acreditava-se que o encontro havia acontecido no Palácio da Alvorada, mas Do Val negou.
Quem morava na Granja do Torto - residência oficial da Presidência da República que funciona como uma espécie de casa de campo para o presidente - à época era o então ministro da Economia, Paulo Guedes. De acordo com o senador, o agora ex-ministro não estava no local. Guedes só deixou a residência em 16 de dezembro, após a reunião golpista, portanto.
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Ainda segundo o senador, ficou claro que o plano era de Daniel Silveira, que estava "desesperado" para não ser preso novamente por alguma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Bolsonaro, de acordo com Do Val, não insistiu para que ele aceitasse a missão de grampear ilegalmente Moraes, mas também não coibiu Silveira em nenhum momento da conversa.
Do Val, portanto, negou ter sido "coagido" por Bolsonaro, ao contrário do que disse anteriormente durante uma transmissão ao vivo pelo Instagram.
Perguntado sobre as providências que tomou após tomar conhecimento do plano golpista, o senador disse: "o que eu fiz foi comunicar ao ministro Alexandre de Moraes e me colocar à disposição como testemunha".
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